segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Foi dada a largada para a corrida eleitoral em Venturosa.



Com a formalização das candidaturas e o início da campanha oficial, as forças políticas locais já estão organizadas para o embate eleitoral. Muitos julgam esse período uma preparação para eleição municipal de 2020. Em tese, quem transfere mais votos para seus candidatos desfruta de mais prestígio com o eleitorado e cacifa seu nome para a disputa.

O grupo governista liderado pelo prefeito Eudes Tenório tem como tradição manter fidelidade aos deputados que colaboram com o governo. Nos tempos do antigo PFL até a junção dos grupos verde e amarelo sob o PR, essas forças mantiveram-se fiéis ao deputado Inocêncio Oliveira e passaram a apoiar seu herdeiro político, Sebastião Oliveira. Esse apoio se mantém na esfera federal e na estadual o grupo governista declarou apoio a Joaquim Lira.  Esse último foi introduzido na esfera municipal no governo do ex-prefeito Ernandes Albuquerque e com o aval do então governador Eduardo Campos. Essa parceria foi benéfica para o município em vários sentidos e se manteve agora no governo Eudes.

No campo oposicionista as forças estão fragmentadas mais uma vez.

Tarcísio Tenório Victor fechou apoio em torno dos nomes de João Eudes para estadual e Silvio Costa Filho para federal. Para o governo do estado vai com Armando Monteiro e para o senado com Silvio Costa. Tanto Armando Monteiro quando Silvio Costa foram apoiados por Lemos na campanha passada, mas não deixaram marcas significativas em Venturosa.

Adrianno do Posto apoiará Marcoantônio Dourado Filho, herdeiro político de Marcoantônio Dourado, deputado que sempre foi fiel ao grupo vermelho e não se afastou mesmo diante da crise enfrentada pelo partido na última eleição para prefeito. Para federal deve apoiar Eriberto Medeiros. O grupo ligado a Adrianno não fechou apoio com nenhum candidato a senador. Desejavam apoiar a candidatura de Marília Arraes ao governo e agora devem se manter neutros por enquanto.

A IMAGEM DE LULA. Embora muitos queiram vincular sua imagem à do ex-presidente Lula, só o palanque do PSB pode fazê-lo. O PSB se coligou com o PT com o aval do ex-presidente. Em Pernambuco Armando Monteiro é aliado de Geraldo Alckmin (PSDB) embora procure esconder isso do povo, emulando até a estrela do PT em sua propaganda.

OS VOTOS PARA DEPUTADOS NÃO SÃO MELHOR INDICADOR DE FORÇA para a disputa eleitoral de 2020 por questões simples. O eleitor não se sente vinculado ao partido para acompanhar sua orientação. Vereadores e outras lideranças muitas vezes apoiam outros candidatos e nem sempre a votação do deputado corresponde a força do grupo. Nomes que foram favoráveis ao impeachment de Dilma ou atuaram para livrar Michel Temer de investigações ou que colaboraram para a aprovação da Reforma Trabalhista podem ser rejeitados pelo eleitor mesmo com as forças locais trabalhando pela sua eleição.

O termômetro para a escolha do candidato deve ser aquele adotado com sucesso pelo grupo governista: a pesquisa de opinião pública.

O grupo governista segue unido e não demonstrando sinais significativos de desgaste.

O grupo oposicionista segue rachado, com disputas internas que devem ser sanadas a curto prazo para se gabaritar para a disputa de 2020.

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