Esse blog é um espaço plural que ao longo dos anos tem contado com valiosas colaborações. É com grande alegria que publico os poemas da jovem Natally Araújo, graduada em Letras e poetiza venturosense. Nos versos de Natally as cores da vida encantam, os amores surpreendem e as reflexões, sejam elas sobre sentimentos ou retratos do cotidiano, ecoam em nossa alma.
Desejo uma boa leitura a todos e que as colaborações de Natally, seja em verso ou em prosa, se tornem constantes.
Que as suas
súplicas ecoem a façanha do dia 19 de abril, para que a sua voz seja ouvida
todos os dias do ano.
Que toda
perseguição pérfida, que todo preconceito podre e toda injustiça insalubre
sejam diluídos, por si próprios, pois a maldade é veneno suicida.
Que o sal, o
sol e a cor de coragem que correm nas veias dessa (dama das matas) sirva de
inspiração para todos aqueles que fraquejam nas
lutas.
Afinal de contas, como certamente diria, a poetisa do
Ororubá: “índio não é enterrado é plantado para que dele nasçam novos
guerreiros”,
como os que brotam da seiva de Chicão.
Já pensou, virar adubo de jurema e de jupago?
Encantada eu com as histórias que a História não
conta.
Deixo aqui, através dessas palavras, posta minha admiração, respeito e homenagem a dona Zenilda, a todos os Xukuru e demais índios do mundo!
Deixo aqui, através dessas palavras, posta minha admiração, respeito e homenagem a dona Zenilda, a todos os Xukuru e demais índios do mundo!
(Mar)ias
Mulheres de areia jamais serão sereias.
Onde a maré quebra, a gente não vira poeira de concha!
(Natally Araújo)
Retalhos do brilho
Tonta, tento me fecundar nos teus olhos...
Tuas retinas meu labirinto de espelhos...
Eu me vejo multiplicada nos teus cristais vazios,
mas tua miopia maldita
só
ofusca o meu reflexo.
Por que minha imagem te adoece?
Tu só conheces beijos cegos, meu bem!
Tens tanto medo da Luz!
Tonto tu me abortas.
És a piada mais tosca de Platão.
E por descuido não te odeio.
O que detesto é a ternura que teço!
(Natally Araújo)
Des(construção)
Quem nunca morou em casa de telha
Nunca descobriu quão magnânima é a arte das aranhas
Nem está suscetível ao pó
Tem gente que desde cedo teve a vida engessada [...]
A minha não ]...[
É por isso que não é com qualquer cisco que (sismo)
(Natally Araújo)
Caldeirão de Magia
É pelo perfume de mata...
É pela poesia que perfura...
É pelo feitiço de ser poema.
É por toda essa delicadeza,
que me chamam por aí de bruxa.
(Natally Araújo)
QUEBRO
Todas as esquinas da cidade
Teus resquícios [...]?
Em nenhuma delas.
Caminho ......................
Descaminho/ohnimacesD
Depois
QUEBRO
N-a-t-a-l-l-y A-r-a-ú-j-o
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