quarta-feira, 25 de julho de 2018

POÉTICA: NATALLY ARAÚJO ESTRÉIA SUA COLABORAÇÃO COM O BLOG

Esse blog é um espaço plural que ao longo dos anos tem contado com valiosas colaborações. É com grande alegria que publico os poemas da jovem Natally Araújo, graduada em Letras e poetiza venturosense. Nos versos de Natally as cores da vida encantam, os amores surpreendem e as reflexões, sejam elas sobre sentimentos ou retratos do cotidiano, ecoam em nossa alma. 

Desejo uma boa leitura a todos e que as colaborações de Natally, seja em verso ou em prosa, se tornem constantes.




Que as suas súplicas ecoem a façanha do dia 19 de abril, para que a sua voz seja ouvida todos os dias do ano.
Que toda perseguição pérfida, que todo preconceito podre e toda injustiça insalubre sejam diluídos, por si próprios, pois a maldade é veneno suicida.
Que o sal, o sol e a cor de coragem que correm nas veias dessa (dama das matas) sirva de inspiração para todos aqueles que fraquejam nas lutas.
Afinal de contas, como certamente diria, a poetisa do Ororubá: “índio não é enterrado é plantado para que dele nasçam novos guerreiros”,
como os que brotam da seiva de Chicão.
Já pensou, virar adubo de jurema e de jupago?




(Mar)ias 

Mulheres de areia jamais serão sereias. 
Onde a maré quebra, a gente não vira poeira de concha! 
(Natally Araújo) 



Retalhos do brilho 

Tonta, tento me fecundar nos teus olhos... 
Tuas retinas meu labirinto de espelhos... 
Eu me vejo multiplicada nos teus cristais vazios, 
mas tua miopia maldita 
só 
ofusca o meu reflexo. 
Por que minha imagem te adoece? 
Tu só conheces beijos cegos, meu bem! 
Tens tanto medo da Luz! 
Tonto tu me abortas. 
És a piada mais tosca de Platão. 
E por descuido não te odeio. 
O que detesto é a ternura que teço! 

(Natally Araújo) 


Des(construção) 

Quem nunca morou em casa de telha 
Nunca descobriu quão magnânima é a arte das aranhas 
Nem está suscetível ao pó 
Tem gente que desde cedo teve a vida engessada [...] 
A minha não ]...[ 
É por isso que não é com qualquer cisco que (sismo) 
(Natally Araújo) 


Caldeirão de Magia 

É pelo perfume de mata... 
É pela poesia que perfura... 
É pelo feitiço de ser poema. 
É por toda essa delicadeza, 
que me chamam por aí de bruxa. 

(Natally Araújo) 



QUEBRO 

Todas as esquinas da cidade 

Teus resquícios [...]? 

Em nenhuma delas. 

Caminho ...................... 

Descaminho/ohnimacesD 

Depois 

QUEBRO 

N-a-t-a-l-l-y A-r-a-ú-j-o

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