Num duro discurso neste domingo, no Primeiro de Maio do Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o golpe parlamentar em curso no Brasil visa destruir a Consolidação das Leis do Trabalho; "Querem transformar a CLT em letra morta. Sabe como vão fazer isso? Dizendo que o negociado deve prevalecer sobre a lei. Ou seja: menos do que a lei. Nós aceitamos, desde que seja mais do que a lei", afirmou; Dilma disse ainda que os golpistas pretendem tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família, mas anunciou um aumento médio de 9% nos benefícios; a presidente anunciou ainda a correção de 5% na tabela do Imposto de Renda e disse que o pré-sal será a "primeira vítima" de promessa do vice-presidente Michel Temer de "privatizar tudo o que for possível"
A presidente Dilma Rousseff acaba de anunciar, no Primeiro de Maio organizado pela Central Única dos Trabalhadores no Vale do Anhangabaú, o aumento de 9% no Bolsa Família e a correção de 5% na tabela do Imposto de Renda.
"Esse aumento não foi decidido agora e já estava previsto no orçamento", disse a presidente.
Num duro discurso neste domingo, ela afirmou que o golpe parlamentar em curso no Brasil visa destruir a Consolidação das Leis do Trabalho.
"Querem transformar a CLT em letra morta. Sabe como vão fazer isso? Dizendo que o negociado deve prevalecer sobre a lei. Ou seja: menos do que a lei. Nós aceitamos, desde que seja mais do que a lei."
Dilma disse ainda que os golpistas pretendem tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família, mas anunciou um aumento médio de 9% nos benefícios. Também lembrou que aliados do vice-presidente Michel Temer já anunciaram o fim dos reajustes dos aposentados e da política de correção do salário mínimo.
"Querem acabar com uma política que permitiu a elevação, em termos reais, de 76% do salário mínimo", afirmou. "O golpe é contra a democracia e contra os direitos dos trabalhadores".
A presidente Dilma também falou sobre a promessa do vice-presidente Michel Temer de privatizar tudo o que for possível. "A primeira vítima será o pré-sal", afirmou.
Eduardo Cunha
Dilma também citou nominalmente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e disse que ele foi o principal agente da desestabilização de seu governo. "Não aprovaram nenhuma das nossas reformas. Sabe por quê? Porque o PT se negou a dar três votos que impediriam sua cassação. Até o subscritor dessa peça do impeachment, o advogado Miguel Reale Júnior, ex-ministro do presidente Fernando Henrique, disse que se tratava de chantagem explícita e abuso de poder".
Dilma bateu duro no golpe, ao dizer que "se fazer isso com uma presidente da República, o que serão capazes de fazer com o cidadão ou a cidadã anônima".
Ela afirmou ainda que o projeto que querem impor ao Brasil não é aquele que venceu nas urnas. "Se querem isso, se coloquem sob o crivo do povo brasileiro. Chegar ao poder, sem voto, e numa eleição indireta, não! Não passarão!".
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