A última pesquisa divulgada pelo IPEC mostrou que Eudes possui absurda vantagem contra qualquer um dos pré-candidatos levantados. Além disso, a indefinição até o presente momento de quem será o candidato da oposição trouxe outra dúvida: O Partido Vermelho vai lançar candidato ou Eudes irá concorrer sozinho?
Essas duas perguntas motivam a escrita desse post. Primeiro quero deixar claro que não possuo partido nem estou ligado a nenhuma das agremiações venturosenses, por isso, escrevo sem paixões. Segundo, não escrevo para afrontar ou ofender nenhum político, seja ele da situação ou da oposição. Terceiro, com todo o respeito que tenho aos amigos que ingressaram na vida pública, seja por um grupo ou pelo outro, a candidatura única na cidade será desastrosa para a democracia pois privará o povo da contrariedade, do debate e do direito de escolha.
O Partido Vermelho tem a obrigação de lançar um candidato. O grupo ainda conta com um eleitorado fiel mesmo tendo errado tanto e tantas vezes seguidas. Dos quase 11 mil eleitores inscritos na cidade, cerca de 3.500 ainda votam ou tendem a votar em um candidato indicado pelo Partido Vermelho. No decorrer da história municipal, muitos políticos eleitos por esse partido contribuíram com a cidade de forma positiva, defenderam ideias e ideais e trabalharam com o povo. Os erros e tropeços recentes devem ser usados como aprendizado e não como uma carta de despedida da vida política.
Não indicar um candidato a prefeito é decretar a extinção do partido. É dizer aos vereadores desse grupo que eles dificilmente serão eleitos pois não haverá palanque nem figura de união. É dizer ao povo que não existe projeto por parte do grupo, que nada podem fazer por Venturosa e que na verdade os únicos que podem fazer algo de bom para a cidade são os políticos do grupo governista.
Não indicar um candidato é dizer a esses 3.500 eleitores que eles nada significam para o grupo, que foram e serão massa de manobra, que nunca significaram nada! E nós sabemos que isso não é verdade. Há bons políticos nos dois grupos. Existem pessoas idealistas e que querem o melhor para Venturosa nos dois grupos e é necessário que eles existam para que possa haver o debate de ideias e os fundamentais questionamentos feitos pela sociedade.
O Partido Vermelho tem a obrigação de lançar um candidato. E um candidato consciente que o partido está em desvantagem e que precisa se reinventar. Um candidato que traga novas ideias e injete sangue novo no grupo, que tire o partido da zona de influência dos velhos caciques (e são muitos) e que o abra para uma nova geração sedenta de participação e representatividade. Um candidato que esteja disposto a ir de porta em porta, ouvir muitos nãos, mas a cada visita tentar plantar uma semente e continuar regando-a dia após dia para só então tentar colher flores e frutos.
O Partido Vermelho tem obrigação de lançar um candidato e ser fiel a esse candidato após o fim da eleição. Tem que fazer como nos casamentos que dão certo: manter a fidelidade na vitória e na derrota, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Tem de trabalhar para fazer esse nome vingar, manter-se unido, dialogar com o povo e com as comunidades e fazer boa política.
Ou faz isso ou decreta falência política, moral e ética. Ou faz isso ou dá razão a uma música feita quatro anos atrás que dizia com todos os erros e atentados gramaticais : “Agora se acabou-se, vermelho acabou-se”.
Espero que o partido se organize e veja isso como uma crítica construtiva. Pode ser amarga e de difícil digestão, pode descer rasgando a goela de alguns, mas é a indicação de um remédio. Caso não, repetirá os mesmos erros eleição após eleição.
O ideal seria que Venturosa ultrapassasse o bipartidarismo, mas pior que ter apenas dois partidos seria ter um único candidato à prefeito.
O ideal seria que Venturosa ultrapassasse o bipartidarismo, mas pior que ter apenas dois partidos seria ter um único candidato à prefeito.
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