Num triste dia para a democracia brasileira o blog reuniu depoimento de várias pessoas sobre o impedimento da presidente Dilma. O que pensam os filhos e filhas de Venturosa sobre esse processo?
Danos a curto e médio prazo
A ruptura institucional proporcionada pelo Golpe Parlamentar de 2016, causará a curto e médio prazo, sérias consequências ao país, o que de certo impactará negativamente a nação pela próxima década, pelo menos!" – Fabrício Paes, Advogado.
Como ter esperança?
Quando eu estudava sobre o começo da República, sobre a consolidação de uma democracia, sobre as lutas pelo direito ao voto, Diretas Já, impeachment de Collor....enfim, sobre a nossa historia politica, eu me sentia orgulhosa. Vemos ainda alguns países em guerra, instabilidades terríveis devido muitas vezes a falta de um sistema político que sustente efetivamente, e nos que estavamos a longos passos de distância, hoje retrocedemos. Nossos títulos de eleitor de nada nos valem, nosso Voto, nossa "arma" não tem valor. 54 milhões de votos desperdicados, literalmente. E agora? Como ter esperança? Como proceder depois de tão duro golpe a democracia? Mas, como bem canta o poeta ...Amanha há de ser outro dia, apesar de VOCES, meus amigos paneleiros, indignados seletivamente, que foram a massa de manobra para que chegássemos a esse ponto. – Magda Letícia, professora e psicopedagoga.
O PT errou!
O PT errou! É verdade. Fez alianças tenebrosas! Concordo. Fora PTralhas. Perdi meu tempo com você. Dilma caiu, não por seus erros, mas por suas virtudes. Mulher íntegra, não se curvou diante da chantagem horrenda de Eduardo Cunha. Cunha aceitou o pedido de impeachment é tudo se desencadeou. Ao afastar Dilma,mas mantendo seus direitos politicos fica ainda mais evidente que foi uma questão parlamentar. Dilma foi assim afastada por conveniência política e não por crime de responsabilidade. _ Danielle Ferreira, professora da rede municipal de Garanhuns e dos cursos de pedagogia da UFRPE.
A História se repete
O momento histórico vivido pelo nosso país no dia de hoje é lamentável. Uma presidente legitimamente eleita foi destituída do poder sem cometer crime de responsabilidade, sofrendo um golpe parlamentar. E a história se repete! Só espero que a sociedade não demore tanto tempo pra perceber o caminho tomado pelo nosso país. – Dryelly Anne, formada em Direito pela UPE.
Que tristeza é essa?
Estando em sala de aula, soube alguns minutos depois que o golpe tinha se consolidado. Triste e ao mesmo tempo revoltado, me senti no dever de compartilhar o acontecimento com meus alunos, alguns se manifestaram também indignados e perceberam a minha voz diferente, uma aluna disse após minha fala: professor como o senhor está triste, e aí respondi: este foi um ato não apenas contra uma Presidente, mas contra as minorias, contra os mais pobres e contra os avanços alcançados nos últimos anos. – Nivaldo Galindo, professor.
Os senadores derrubaram o povo
Não sou um expert em política, também não se faz necessário ter muito conhecimento para perceber o que houve hoje em nosso país, “os senadores derrubaram o povo”. Como diz o ditado para bom entendedor meia palavra basta! Logo, impeachment sem cassação de direitos políticos, indica que não houve crime e se não houve crime foi GOLPE! Vamos refletir, marcar esses golpistas para os próximos pleitos e continuarmos lutando, pois se nossos pais foram capazes de derrubar uma ditadura, porque não somos capazes de derrubar esses golpistas!!! – Edson Valdemar – Professor e mestrando em Matemática.
O que ensinamos ao mundo
Com a confirmação do golpe de 2016, nós ensinamos ao mundo que voto direto não é sinônimo de democracia; que a Constituição se decompõe muito facilmente; que o nome de Deus ainda é usado de maneira inescrupulosa como refúgio de atrocidades; e que, sobretudo, enquanto a maquiada aristocracia se sobrepuser, nós estaremos eternamente presos à mentalidade (e complexo!) de colônia. – Maria Cicília, professora.
Como disse Belchior
O que se vê hoje é um golpe na democracia a hipocrisia de uma maioria de parlamentares altamente corruptos acusados dos mais diversos crimes que em vez de tomarem acento no banco dos réus estão na posição de juízes. Como disse Belchior minha dor é perceber/ Que apesar de termos feito tudo/ Tudo o que fizemos/ Ainda somos os mesmo e vivemos/ Ainda somos os mesmos e vivemos/ Como nossos pais... Os mecanismos mudaram mas ainda é possível sentir no ar o mesmo odor pesado da “elite” que participou do golpe de 64. – Pedro Henrique Torquato, professor e fotógrafo.
O jornal Folha de São Paulo, um dos maiores do país e dono do instituto Datafolha, criou um instrumento para avaliar a eficiência dos serviços entregues pelas gestões de 5.281 municípios brasileiros, ou seja, 95% de todas as cidades do país. Para avaliar a eficiência da gestão pública foram analisados indicadores de Educação, Saúde e Saneamento Básico. O Ranking de eficiência municipal da Folha – REM – F, pontua de O a 1 (critério semelhante para medir um IDH, por exemplo) e classifica em quatro conceitos: eficiente, alguma eficiência, pouca eficiência e ineficiente.
Venturosa está entre os municípios de gestão eficiente, ocupando a classificação de número 839 entre os 5.281 municípios pesquisados. A nota obtida pela gestão municipal foi de 0,519 e é importante destacar que só 24% dos municípios avaliados ultrapassaram 0,5 e segundo pesquisa do Datafolha, só 26% dos brasileiros aprovam as gestões de suas cidades.
O município de Venturosa obteve pontuação mais elevada que a maioria das cidades próximas, como Arcoverde (0,510), Pesqueira (0,479), Pedra (0,474) e Alagoinha (0,466).
O estudo ainda permite a comparação entre os municípios, apresentando investimentos com saúde, educação, saneamento básico, quantidade de servidores públicos contratados e outras informações pertinentes.
Em ano eleitoral esse estudo da Folha será uma benção para os prefeitos bem avaliados e uma maldição para os que não o forem pois em muitos lugares deste país a população despertou para cobrar resultados dos seus gestores.
As gestões municipais têm sérios desafios a enfrentar pois irão refletir os espectros da economia e do governo nacional.
Ao comentar o indiciamento do ex-presidente Lula pela Polícia Federal, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez comentários moderados e apontou eventuais caminhos no Judiciário, após uma palestra na Fundação Getúlio Vargas.
“É uma questão que está submetida à Justiça, que está tomando as providências, e à polícia. De modo que certamente deve ter sido feita a devida avaliação, mas também o ex-presidente disporá de todos os caminhos para impugnar qualquer medida, inclusive postular num eventual habeas corpus até o trancamento do inquérito, se for o caso”, diz ele. “Há uma denúncia, mas é preciso primeiro julgar, como dizia o samba, para depois condenar”, afirmou.
Gilmar disse ainda que o Brasil vive um momento de esgotamento de um modelo político. “Estamos encerrando uma fase importante de alternância de poder e de vitalidade da nossa democracia, porque foi extremamente importante que forças políticas diferentes chegassem ao poder pelas eleições, mas é claro que estamos encerrando uma fase de maneira bastante melancólica, isso é inegável. Aquilo que está sendo revelado é bastante constrangedor.”
O RELÓGIO POLÍTICO DA LAVA JATO SEMPRE CONTRA O PT
Mais uma vez, a Lava Jato nos dá uma amostra da precisão de seu relógio político. Depois de meses investigando o ex-presidente Lula, a Polícia Federal resolveu indiciá-lo exatamente hoje, no segundo dia do julgamento da presidente Dilma pelo Senado. Desde 2014, quando vazou partes da delação do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa na largada do segundo turno, o relógio da Lava Jato, e o do procurador-geral Rodrigo Janot também, andam sintonizados com o da crise política. A sintonia verificou-se muitas outras vezes, e particularmente na semana que antecedeu a votação da admissibilidade do impeachment pela Câmara, em abril.
ENQUANTO EDUARDO CUNHA
O pau que quer aleijar Chico nem rela nas costas de Francisco.
A lava jato viu indícios de crime de Lula e Marisa num apartamento que não pertence a eles.
Mas não achou a mulher do Cunha. Também não achou que o dinheiro de propina e desvios realizados pelo Cunha eram crime grave.
E essa semana o juiz Moro devolveu o passaporte da mulher do Cunha, a justiça não divulga os gastos das farras milionárias dela com o nosso dinheiro e o Cunha segue livre, leve e solto ajudado pelo amigo Michel.
Essa é a justiça imparcial e que funciona em nosso país?
Começa, nesta quinta-feira, a fase final do julgamento da democracia brasileira no Senado Federal; caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada sem que tenha cometido crime de responsabilidade, como acusam a imprensa internacional, artistas, intelectuais, juristas e historiadores, o voto no Brasil não terá nenhum valor daqui para a frente; eleições poderão continuar a existir, mas nenhum governo eleito terá segurança se não se render à chantagem do parlamento; isso significa que o eventual afastamento de Dilma condenará, para sempre, a democracia brasileira e os votos de milhões de eleitores serão sempre irrelevantes diante dos conchavos no Congresso e das armações oligárquicas.
Por meio de sua assessoria, o prefeito de Venturosa enviou nota sobre a violência em Venturosa:
O governo municipal tem procurado agir dentro de suas possibilidades para conter o avanço da violência e da criminalidade em nosso município. A responsabilidade constitucional com a segurança pública pertence ao governo estadual, mas isso não quer dizer que estamos assistindo a esse cenário preocupante de braços cruzados. Nosso compromisso com o povo dessa cidade é total e por isso já procuramos as autoridades militares que respondem por nossa região para pedir um aumento no efetivo de policiais em nossa cidade.
Também enviamos ofícios ao governo do estado relatando a nossa realidade e pedindo providências. A criminalidade tem crescido em todas as regiões de Pernambuco e temos de somar forças e unir nossos esforços para a superação desse problema que tem gerado não apenas prejuízos financeiros mas tem provocado danos irreparáveis a nossas famílias que tem perdido seus familiares para a violência.
Embora nossa guarda municipal não tenha poder de polícia ela está colaborando com tudo o que pode e aumentou sua presença em nossas ruas. Aguardamos respostas do governo estadual no sentido de atender as nossas reivindicações e contamos com a colaboração de toda a sociedade venturosense. Não reajam aos assaltos, denunciem movimentações suspeitas perto de seus lares ou estabelecimentos comerciais. Juntos somos fortes.
Juntos vamos construir uma cultura de paz e trazer de volta a tranquilidade para nossa cidade.
Hoje o blog divulga a
entrevista realizada com o candidato a prefeito de Venturosa pelo PR, o odontólogo
Eudes Tenório Cavalcanti, popularmente conhecido como Doutor Eudes. Ele já foi
prefeito do município por dois mandatos consecutivos e agora disputa o seu
terceiro mandato. A entrevista foi concedida em sua residência, na cidade de
Venturosa. Essa entrevista foi registrada em vídeo, no mesmo dia em que
entrevistei o candidato do PDT, Charlles de Tonho, sem que nenhum dos dois
entrevistados tivesse acesso as respostas do outro. A diferença das datas da
divulgação já haviam sido informadas aos entrevistados antes de concederem as
entrevistas e as mesmas foram transcritas com fidelidade.
Aos dois candidatos foram
realizadas perguntas sobre saúde, segurança pública, juventude e geração de
renda.
Os comentários são
habilitados ao final da entrevista e para serem aceitos o usuário deve estar
logado em uma conta google. O blog não aceita comentários anônimos.
Com vocês a entrevista
com Dr. Eudes, candidato do PR a prefeito de Venturosa. Boa leitura!
O
senhor já foi prefeito duas vezes e ajudou a eleger o seu sucessor, o prefeito
Ernandes. Agora, liderando mais uma vez as pesquisas de intenção de votos,
retorna para disputar mais uma eleição. A que atribui esse fenômeno?
Eudes: Na realidade não é
um fenômeno. A política é feita com o trabalho, com a competência, com o
compromisso, com a responsabilidade com o povo. Isso aí eu tive durante os
oitos anos que governei Venturosa. Nós tivemos grandes prefeitos que governaram
o município nesses cinquenta e quatro anos, mas faltou uma gestão um pouco mais
voltada para o povo, com compromisso, com a obrigação de saúde, educação, que
na verdade não tinha. Para você ter uma ideia, Venturosa tinha um consultório
odontológico e eu deixei vinte. Nós mudamos o perfil da administração de
Venturosa, então, acredito que seja por isso.
O
processo de sucessão esse ano gerou muitos comentários. Uns defendiam que o
prefeito Ernandes disputasse a reeleição, outros pediam o senhor como
candidato. Pode explicar para os leitores como se dá o processo de escolha dos
candidatos dentro do PR?
Eudes: Não é no PR. É num
grupo político que tem compromisso com o povo. E quem tem o compromisso com o
povo tem de ouvir primeiro o povo para primeiro tomar uma decisão política. Eu
quando fui candidato a primeira vez eu fui para o povo, eu fui contra uma administração,
contra um prefeito e eu tinha 43% de intenção de voto na primeira pesquisa que
fiz. Então, um candidato de uma oposição com 43% ele não pode deixar de ser
candidato. Então, o que viabilizou minha candidatura foi isso. E isso continua
de 12 anos para cá. Eu acredito que o importante é ouvir o povo. Depois de
ouvir o povo o resto a gente decide no grupo.
Nas
campanhas anteriores era comum o ataque a gestões anteriores e a uma má gestão
do grupo vermelho. Nessa eleição a base de comparação é o governo do próprio
PR. Podemos esperar que essa seja uma campanha marcada pela apresentação de
propostas?
Na realidade existe uma
continuidade de 12 anos de trabalho. O que é que acontece de ser um candidato do
mesmo grupo? É, o povo é quem escolhe. Na realidade o povo me escolheu para que
voltasse. Eu tinha 80% de intenção de voto em uma pesquisa. Então, um candidato
que tem 80% de intenção de votos ele não pode deixar de estar no pleito
eleitoral.
O
senhor teve dois mandatos bem avaliados e agora, caso eleito, pode ser que
venha a governar num cenário de crise e recessão econômica. Dá para um prefeito
fazer um bom mandato num quadro desfavorável como o atual?
Eu acredito que o cenário
nacional está se desenhando. Não é como a maioria queria, pelo menos uma boa
parte dos políticos não queria isso, mas aconteceu. Eu mesmo não votei em
Dilma, mas não sou a favor do impeachment que está sendo realizado. Até porque
eu acho que deveria deixar ele terminar o seu mandato e depois viria outro
grupo político, outra frente. Mas
aí trocaram seis por meia dúzia e não sei se vale a pena. Mas aí é uma questão
nacional. A questão municipal nós temos um FPM que era 1,0 e passou para 1,2,
então, quer dizer, teve um adicional de R$ 200.000,00 por mês de dois, três
anos para cá e isso facilitou, isso deu uma ajudada para que se mantivesse em
dias as contas, que o governo trabalhasse mais ou menos no rumo certo e deu
certo. A administração não é ruim. A gente tá falando de eleições que é o povo
quem decide, que é o povo que escolhe, independente de administração. O povo
não vai eleger um candidato pensando só em administração.
Quais
as áreas prioritárias para o nosso município?
A prioridade em qualquer
município pequeno é o básico: saúde e educação. Acabei de dizer que nós tínhamos
deixado de um consultório odontológico nós deixamos vinte. Para a gente casar a
primeira coisa que a gente providencia é uma casa. Então foi o que eu
providenciei em oito anos. Vinte escolas reformadas todas na cerâmica, escolas com
estrutura para que a criança fosse, tivesse uma melhor condição. Quer dizer,
consultórios odontológicos, um aparelho de raio X de última geração, um
aparelho de endoscopia, um aparelho de ultrassonografia, tudo isso está sendo
montando para que amanhã a população tenha acesso a toda essa rede de atenção
básica que o município pode oferecer.
Nossa
população vive com medo devido a crescente onda de furtos. Como vai fazer, caso
eleito, para que esse quadro se modifique?
A segurança pública é uma
questão do estado e não uma questão de município. O que é que nós vamos colocar
no nosso município, por exemplo, na avenida Antônio Beliu, na avenida Capitão
Justino Alves, nas entradas de Rua Nova, Multirão, Cohab, nós vamos montar um
sistema de câmera. O que é que isso vai trazer de ganho para a população? Não
há necessidade de o guarda estar na rua três horas da manhã para saber quem está
passando, indo ou voltando. Eu acredito que para aquele que vem de carro ou de
moto durante as 24 horas do dia vai ter alguém no sistema de câmeras avaliando
quem entra e quem sai, principalmente no horário noturno. Acredito que isso não
vai intimidar o ladrão, mas vai facilitar para que a gente possa corrigir essa
questão de segurança municipal no que a gente puder colaborar com a população.
O
maior calo de todo político é a saúde pública. Mesmo com as obras que o senhor
diz ter feito, as obras realizadas pelo prefeito Ernandes também na área da
saúde, a população ainda reclama da falta de médico na Unidade Justa Maria
Bezerra. Dá para resolver esse problema?
A questão médica é um
problema que é do Brasil, tanto que foi criado o programa Mais Médicos e tá
vindo médico de Cuba. Com esse incentivo, essa ajuda por esse programa que o
governo federal criou deu uma ajuda grande aos municípios. Eu lembro que nós tínhamos
sete PSF’s e eu nunca consegui ter o sete PSF’s com médico porque o valor pago
é pequeno e o médico não ia sair de Recife para passar uma semana em Venturosa pelo
valor que o PSF pagava. Então ele prefere ficar lá porque em dois plantões ele
ganha o que ganharia em uma semana em Venturosa. Então ele preferia ficar na
capital e a vinda desses médicos cubanos deu uma arrumada na atenção básica na
maioria dos municípios do Brasil. Agora ainda precisa muito, porque a atenção
básica carece do raio X, da ultrassonografia, da endoscopia, do diagnóstico por
imagem da maioria das doenças e isso ainda é precário na maioria dos hospitais
públicos do Brasil. No
seu plano de governo existem propostas que contemplem juventude e geração de
emprego?
Veja bem, a geração de
emprego numa cidade como a nossa seria hipocrisia e seria até assim um
desrespeito ao jovem a gente dizer que nós temos um programa desse tipo. Não
existe, numa cidade pequena não tem como você fazer. Primeiro, Venturosa não
tem água, então, como você traz uma indústria para uma cidade dessa? Mas nós
vamos conseguir construir a nossa barragem, que foi comprada a fazenda na época
que fui prefeito, foi feito o projeto pelo governador Eduardo Campos, mas infelizmente
teve uns contratempos que foi a questão da terra indígena que nós não
conseguimos resolver o problema, então foi época em que saí e depois não foi dado
continuidade a esse trabalho. Então, acredito que se conseguirmos voltar à
prefeitura vamos tentar resolver o problema da falta d’água e acredito que assim
será resolvido boa parte dos problemas de Venturosa e principalmente da questão
de geração de renda. Só se gera renda como tem como se instalar indústria, se
instalar empresas que possam vir com necessidade de uma mão de obra que o nosso
município tenha disponível, a bacia leiteira, incentivar o produtor de queijo
que também tem a dificuldade no uso da água e tudo isso são consequências que
já vem de vários anos e que aos poucos vamos tentar solucionar. O
senhor já foi prefeito antes e agora disputa uma nova eleição. O que não fez em
dois mandatos que poderia fazer caso fosse conduzido a um terceiro? Nós temos dois projetos
básicos. O primeiro é água. Uma cidade que não tem água não pode dizer a
ninguém e principalmente um prefeito como eu que sendo eleito num terceiro
mandato, daqui há dez anos alguém vai dizer: “você passou três mandatos na
prefeitura e não corrigiu isso”. E isso é um problema crônico e não depende só
do município, mas nós demos o primeiro passo que foi comprar a fazenda, o
segundo passo que foi fazer o projeto e o terceiro passo que é ir atrás do
recurso para solucionar o maior problema do nosso município que é a falta d’água
O Brasil conseguiu um feito inédito em seu futebol: o ouro
olímpico!
Depois do fiasco apresentado na copa do mundo, o eterno 7x1
sofrido contra a seleção alemã, e de resultados pífios nos últimos jogos, a
seleção canarinha apresentou um futebol digno de sua história. A decisão nos
pênaltis foi, como diz o jargão, “um teste para cardíacos”.
Neymar, o tão criticado e cobrado atacante (algumas vezes de
forma merecida), cobrou o pênalti decisivo e caiu num choro compulsivo de quem
cumpriu sua missão. Claro que a defesa efetuada pelo goleiro Weverton não foi
menos heroica ou menos brilhante. O conjunto funcionou bem. Há quem diga que as
mudanças táticas efetuadas após a visita de Tite, ex-técnico do Corinthians e
agora professor da seleção principal foi decisiva para a mudança no estilo de
jogo que levou a equipe olímpica até a vitória.
“O campeão voltou”, gritava a torcida eufórica. Nas redes
sociais Neymar foi absolvido, a seleção recuperou o amor do povo e uma ideia
perigosa, cínica, voltou a circular.
Essa ideia saiu do túmulo como um zumbi de um filme de
terror, pronta a devorar cérebros e acabar com as vidas dos incautos. Desde a
época de 1970, em plena ditadura militar, não se procurava associar sucesso no
futebol com economia e política.
Foi durante o governo do presidente linha dura Emílio
Garrastazu Médici que o Brasil se sagrou campeão da copa do mundo de 1970.
Médici foi responsável pelo período mais repressor desse país, onde centenas de
pessoas foram torturadas e mortas.
Nessa época a economia mundial crescia e a brasileira se
beneficiou disso. Cresceu cerca de 10% ao ano. Houve aumento na oferta de
empregos, bem como de empréstimos vultuosos no exterior. Médici se dizia amante
do futebol e a conquista da Copa, tornando o país tri-campeão mundial, gerou a
propaganda promíscua de apoio ao regime desumano. “Ninguém segura esse país”, “Brasil,
ame-o ou deixe-o”.
Hoje temos o Temer, vice presidente da chapa de Dilma,
inelegível por oito anos, com riscos de ser caçado pelo TSE, levado ao poder
num processo questionável de impeachment e com uma agenda política que não
venceria nenhuma eleição.
Temos o Temer que quer congelar os investimentos em saúde e
educação pelos próximos vinte anos.
O Temer que quer fixar a idade mínima de aposentadoria para
65 anos.
O Temer que está promovendo um desmonte do SUS para entregar
a saúde os pobres a planos populares sem qualidade.
O Temer que quer privatizar todas as nossas empresas.
O Temer que foi apontado como informante dos EUA, que é
amigo pessoal e defensor do Eduardo Cunha, que reduziu programas sociais e já
anunciou cortes gigantescos nas verbas das universidades federais e cujo
ministro da justiça disse que precisamos de mais armas e menos pesquisas.
E hoje as redes sociais saúdam esse Michel pelo ouro
olímpico da seleção brasileira.
Ainda não sei se por infantilidade, ignorância ou cinismo. A
hipocria as vezes se disfarça bem.
O Michel Temer já copiou o slogan da ditadura no seu governo
interino, está desmontando o país e o isolando internacionalmente. Agora, esse
desmonte está sendo apoiado por quem ama futebol e nada entende de história ou
política.
Os mesmos que mandam os questionadores irem para Cuba. Eles já
tinham adota o “ame-o ou deixe-o” antes do “ninguém segura esse país”.
Estamos indo para o fundo do poço, amigos. Há muito o que
Temer.
Os índices de violência em Venturosa são alarmantes. A cidade está recuperando a péssima fama que possuía há quase duas décadas atrás, de ser violenta e terra de pistoleiros. Dois jovens foram assassinados na noite dessa quarta-feira, próximo a uma padaria no bairro da Rua Nova. Os jovens eram irmãos e até agora ninguém sabe o motivo do crime.
O que sabemos é que já passou da hora das autoridades constituídas darem uma resposta aos que tingem de sangue as nossas ruas e levam embora a paz de nossa comunidade.
Os roubos de celulares já se tornaram comuns.
Ontem uma mulher foi alvejada a tiros.
Hoje dois jovens são assassinados,
E amanhã, Venturosa?
Até quando ficaremos em silêncio, de braços cruzados, esperando para ver quem será a próxima vítima.
A sociedade precisa reagir e trabalhar em conjunto. Não se eximam disso, não deixem que víboras procurem fazer dessas tragédias armas políticas para agredir, chegar ou se manter no poder.
Nossas vidas não são brinquedo para servirem de peças em tabuleiros.
Que as autoridades municipais cobrem das estaduais. Que a sociedade se mobilize, faça força para que essa sangria seja estancada.
Precisamos de um novo pacto pela vida e de um grande ato pela paz.
Como disse Luther King, o que mais preocupa não é a selvageria dos maus, é o silêncio dos bons!
Esse blog escreve sua história com credibilidade. Foi a credibilidade alcançada com esforço e trabalho ético que me permitiram realizar entrevistas com os dois candidatos a prefeito de Venturosa. Hoje publico a entrevista realizada com o candidato do PDT, o senhor Charlles Adriano, ou Charlles de Tonho, como é popularmente conhecido.
Charlles é servidor público e pautou seu mandato pelo serviço à população e a fidelidade ao grupo político que o elegeu. Nessa entrevista ele fala sobre como se deu o processo que o levou a ser candidato pelo grupo vermelho, a necessidade de renovação das forças vivas do partido e o que pensa sobre a gestão pública municipal e como, em sua opinião, é possível melhorá-la.
A entrevista foi concedida na residência do candidato, na cidade de Venturosa.
Embora tenha sido eleito para o primeiro mandato como vereador em 2012, o senhor possui uma longa trajetória política como militante. O senhor vai partir para uma disputa dura, não seria mais fácil ser candidato a vereador? Pode falar um pouco sobre isso?
Bom, eu comecei na política desde cedo, aos 13 anos, quando tive o prazer de conviver e conhecer o grupo vermelho, que naquele tempo vivenciou um racha. Tive o prazer de conhecer gente como Valdecy Silva, Ranulfo de Justino Alves, Balila e outras lideranças e militâncias. Naquele tempo racharam por uma diferença de ideias no grupo, e racharam! Ver isso de perto, os debates, tudo despertou meu interesse. Mas mesmo antes disso, minha família sempre foi dedicada a ajudar os outros, a querer o bem do próximo. Cito o exemplo de minha, quando diretora de escola, que sempre procurou ajudar as pessoas, com atenção aos mais necessitados e sem interesse político. Só mais na frente, em 1992 é que minha família entrou mesmo na política, quando meu pai foi vereador. Foi eleito e tiraram o mandato dele, veio 1996 e dizem que ele perdeu por seis votos, então ele saiu e eu entrei em cena. Fui candidato em 2000, fui candidato a vereador e tive 222 votos, perdi por 13. Veio 2004, continuei e tive 329 votos, perdi por 42. Mas eu não desisto do sonho, eu o adio. O sonho que eu tenho eu não desisto, eu adio. Então, em 2008, por motivos pessoais não fui candidato. Em 2012 veio a oportunidade e fui eleito com 353 votos e durante esses quatro anos dediquei o meu mandato ao meu partido e ao povo de Venturosa. E mantive o que disse lá no dia da posse, que nada que o prefeito Ernandes precisasse para o bem de Venturosa eu votaria contra. Então eu sempre estive a serviço do povo em primeiro lugar. Então, quando me procuraram (para ser candidato à prefeito), me convidaram, não me passou em nenhum momento dizer um não porque gratidão se paga com gratidão, e era injusto um partido como o nosso, do tamanho que é o nosso e da grandeza de tantos homens e mulheres de bem, sair deixando o outro com uma candidatura única e nós somente com os vereadores.
Charlles, você concorda que o grupo vermelho precisa se renovar na política de Venturosa?
Concordo, e era pra essa renovação devia ter sido iniciada antes porque tivemos alguns passageiros no nosso partido que só pegaram os votos e foram embora. Graças a Deus, saíram. Estão lá no cantinho deles e permaneçam lá onde estão. Estamos renovando o nosso partido e essa é uma das maiores responsabilidades que eu vou carregar que é a de reorganizar o partido. Isso para que possamos juntos com os partidários continuar um trabalho de visita ao povo e não de esquecer das pessoas, deixando para ir até elas às vésperas de uma eleição. Que possamos passar esses quatro anos trabalhando, procurando servir ao povo dentro dos nossos limites para que cheguemos numa posição mais confortável politicamente.
Você, o seu candidato a vice e os candidatos a vereadores podem se considerar como o grupo que iniciará a renovação do partido?
Tenho certeza disso, meu amigo Emerson. E temos outras pessoas também que estão contribuindo muito, muito mesmo, para que possamos dar esse pontapé inicial. É tanto que você vê que quase todos os nossos candidatos a vereadores são jovens e são tão grandes que por iniciativa deles propuseram um documento que estipulasse que os eleitos, caso não se mantenham fiéis ao partido, percam seus mandatos. E esse documento foi feito. São homens de bem e não passageiros interessados apenas nos votos do partido para depois de eleitos darem as costas ao partido.
Caso seja eleito quais as áreas mais urgentes de atenção em nosso município?
O principal é a saúde, que é um descaso em nosso município. Não adianta nenhum prefeito, nem esse que está nem o outro, venham dizer que não tem dinheiro na saúde que tem! Um município onde entram um milhão e duzentos mil reais por mês para a saúde, ele pode contratar 14 médicos só para a casa de saúde! Botava 7 especialistas e 7 clínicos gerais. Outra questão que vejo de grande necessidade é que a Secretaria de Agricultura se empenhe com o produtor rural e o pecuarista. Uma das nossas ideias é a de um banco de sêmen para que os pequenos possam melhorar seu rebanho. A política que vai ser feita em nosso governo é de atenção igualitária. Um exemplo: se vai para as Pedra Fixe, toda barragem, seja de A, de B ou de C, toda barragem tem de ser limpa. Porque aqui é assim, como foi antes, só limpa se for meu, ou se limpar tem que vir para mim. A política nossa é diferente, o que for de um é de todos porque nada pertence ao prefeito, tudo é do povo de Venturosa.
Qual a proposta para emprego e juventude?
Emerson, nossa cidade infelizmente não foi abençoada com água, que é de onde poderia procurar fábricas, dar incentivos fiscais e tentar. Mas como nossa realidade é outra, temos de tentar investir. Qual a nossa maior fonte de renda? O queijo e o leite. Então, partiríamos daí, ofertando cursos, dando incentivos e procurando financiar câmaras frias para os pequenos produtores porque melhoraria a qualidade do seu produto e sua competitividade. Para a juventude seria importante ofertar cursos profissionalizantes. Desejamos fazer duas casas do estudante, uma em Caruaru e uma em Recife. Vamos estudar para vermos a questão de Garanhuns, porque há dinheiro, para que possamos dar uma ajuda de custo a esses estudantes que vão para Garanhuns. Uma casa de estudante não, mas uma bolsa para que no final do mês ele possa ter uma ajuda de custo, porque a gente sabe que tudo é caro e um município que não tem renda direta como o nosso, é preciso o poder público ter essa preocupação com a juventude, para proporcionar ao jovem chance de crescer e voltar para sua cidade. Nosso desejo é esse.
Nossa população está assustada com a crescente onda de violência e furtos. Há alguma proposta em seu plano de governo que contemple a área de segurança pública?
Temos sim, Emerson. Junto com o amigo Marcos Antônio, que é uma pessoa que se dedica demais com essa área de segurança pública, buscar parcerias para adquirir veículo e material para os guardas, aonde a prefeitura vai gastar apenas com cursos para os guardas, mas cursos que sejam feitos com os guardas municipais. Esses guardas que andam nesse carro, não são guardas municipais, são contratados que não fazem o trabalho direito, que chegam batendo, que não é assim. Você vai numa festa é uma vergonha, os caras querem ser polícia, e não é assim. E também procurar incentivar o trabalho em conjunto das guardas municipais, polícias militar e civil, porque aqui tá demais, é roubo em cima de roubo.
Há muita gente jovem ao seu lado, mentes abertas. Eles ajudam na construção do plano de governo do partido?
Estão nos ajudando muito com várias ideias. Eles estão participando conosco e isso é muito importante. Eu ainda sou jovem, mas é preciso que venham outros e que eles não pensem que todo político é sujo, que todo político é corrupto, porque há homens de bem na política e é preciso renovar sempre.
Qual a principal qualidade que um político deve possuir para ocupar o cargo de prefeito?
Acima de tudo honestidade, bom caráter e zelo pela população. Ter respeito com as pessoas que os colocaram lá, porque os prefeitos que passaram por Venturosa, sempre tiveram uma coisa, durante a campanha é uma coisa, quando se ganha a eleição é totalmente diferente. Quando aparece um cidadão pedir alguma coisa na prefeitura é atirado as pedras. Mal atendido, um mau atendimento horrível que tem, digo porque já presenciei e não é só de agora não, antes também teve. Então a gente tem, primeiro de tudo, que zelar pelas pessoas, ser educado com as pessoas, porque o prefeito e os demais são apenas funcionários do povo e quando um cidadão vai lá pedir alguma coisa é porque infelizmente não tem mais a quem recorrer.
O prefeito Ernandes deixa o cargo com um governo bem avaliado pela população. O que você, caso eleito, pretende fazer para melhorar as políticas públicas municipais?
Procurar usar de todas as formas e de todos os recursos para tornar a vida do povo melhor. Foi feito alguma coisa, mas poderia ser feito muito mais. Numa seca dessa, no ano passado não foi contratado um carro pipa para ajudar. Tem um pipa doado pelo Governo Federal, uma caçamba que podia carregar várias caixas d’água. Temos a questão da saúde que um caos em nosso município, a reclamação do povo é geral de remédio, de exame, o mau atendimento na secretaria de saúde por parte de alguns funcionários que trabalham lá; temos o caso da merenda escolar, que teve vários casos de merenda estragada e vários problemas nesses quatro anos que eu já tinha reclamado como o vereador João Henrique também reclamou e acima de tudo controlar os gastos do município. Não se pode num município como o nosso, sabendo das dificuldades que temos, mandar para a câmara de vereadores dizendo que gastou de R$ 150.000,00 com aluguel de carros num mês e quase o mesmo valor de combustível, quando nós sabemos a agonia que é quando alguém precisa de um carro. Isso não é zelar pelo dinheiro público.
Uma mulher foi alvejada por disparos após se reagir ao roubo de um aparelho celular. Tiros foram ouvidos de longe, a população se tranca em casa e reza para que nenhum mal maior ocorra à vítima da violência dos bandidos e da omissão de nossos governantes.
A violência tem aumentando em Venturosa. Os furtos de aparelhos celulares cada vez mais comuns, em plena luz do dia e agora, uma tragédia anunciada. É errado não querer abrir mão do fruto do seu trabalho para aves de rapina que abrem asas zombando da inanição da ação governamental?
Não culpemos a polícia, ela não é onipresente e onipotente. Cobremos de quem tem o poder de resolver e ainda não se pronunciou. Desde a morte de Eduardo Campos o pacto pela vida tem demonstrado perda de foco e força. O efetivo das polícias civil e militar não é suficiente. Os investimentos em segurança pública abaixo do necessário.
E a população? Assiste indignada a tudo isso, esperando que os seus representantes façam o que deve ser feito. Mas esperar não é o suficiente. Já passou da hora, Venturosa, de cobrarmos como membros de uma sociedade o fim desse império de medo que tem tomado conta de nossa cidade.
O BLOG registrou as entrevistas com os candidatos Charlles de Tonho, do PDT, e Eudes Tenório, do PR. As entrevistas possuem perguntas organizadas em dois blocos. Um com perguntas distintas, baseadas na realidade de cada candidato e um bloco em comum, onde o candidato é convidado a falar sobre Saúde, Geração de Emprego e Renda, Segurança Pública e estratégias para inovar na gestão municipal.
Os candidatos foram entrevistados em suas respectivas residências e o as entrevistas foram transcritas fidedignamente de arquivos de vídeo registrados por esse blogueiro. Foi acordado com ambos que , por motivos técnicos, os únicos vídeos a serem postados seriam os de suas mensagens para os cidadãos de Venturosa e os leitores que acompanham o blog.
As entrevistas reproduzem as opiniões dos entrevistados e não a do entrevistador e serão publicadas na ordem em que foram concedidas.
Dessa forma, a entrevista com o candidato do PDT, Charlles de Tonho, que seria publicada no dia 15 de agosto passará para o dia 16 de agosto em conformidade com a data liberada pelo TRE para iniciar a campanha eleitoral desse ano.
A entrevista com o candidato do PR, Eudes Tenório, será publicada na semana seguinte.
Os leitores do blog podem enviar suas opiniões sobre as entrevistas nos comentários e também em forma de artigo, sendo vedado o anonimato, para o e-mail que será divulgado ao final de cada entrevista.
Comentários anônimos não serão publicados pelo blog.
Índios de todos os povos do
estado de Pernambuco ocuparam nesta manhã a sede da secretaria estadual de
educação como forma de protesto e ato reivindicatório por melhorias nos
serviços prestados pelo governo do estado. São representantes dos doze povos
indígenas do estado de Pernambuco, como Fulni-ô, Xukuru, Truká, Capinawá, Pankararu
entre outros.
Os povos apresentam uma extensa pauta
para ser debatida junto ao governo. Eles reivindicam avanços na criação da categoria
de professor indígena e concurso para essa área específica a ponto de assegurar
o seu direito a uma educação específica e que esteja em conformidade com seus
costumes, crenças e formas de organização social. Os índios se opõe a qualquer
movimento de municipalização de sua educação pois não desejam a educação de seus jovens entregue a prefeitos
que, além de não respeitarem suas tradições, possam introduzir profissionais não
índios e pouco capacitados em seus territórios o que pode vir a prejudicar não
apenas o futuro de sua juventude mas todo o seu modo de vida.
Quero ser um pai presente e não um pai que dá presente. Quero ser um pai amigo, que sabe rir com o filho, mas nunca um pai palhaço. Não me fingir feito de aço, ser seguro sem ser muito severo e se precisar ser severo não quero ser rude. Não precisar bater para não me abater depois. Quero ser o pai que beija e abraça, o que solta a bicicleta de leve deixando o filho bambear até perceber que agora é com ele. Cair faz parte, relar joelho também. Metiolate hoje nem dói mais. Quero ser o pai do sim e do não, e não o do "fale com sua mãe". Quero ser um pai humano, cheio de falhas, mas com a virtude que todo pai deve ter: amar sua família mais que a ele mesmo. Quero ser pai doando um amor que de tão grande não tem fim quero ser para meus filhos o que meu pai é para mim!
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira que a competência para julgamento de contas de prefeitos é exclusiva das Câmaras de Vereadores. Com a sentença da Corte, candidatos a cargos no Executivo que tiveram contas rejeitadas somente pelos Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) podem concorrer às eleições de outubro normalmente, desde que não haja impeditivo no Legislativo e nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). A discussão do assunto foi motivada por ações protocoladas por prefeitos que tiveram a apresentação de dados desaprovada somente por TCEs.
A responsabilidade do parecer sobre a inelegibilidade não está clara na Lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A norma diz apenas que a situação deve ser discutida no "órgão competente", mas não informa se seria nos Tribunais de Contas ou nas Câmaras Municipais. O julgamento desta quarta no STF servirá de base para outras ações parecidas no país.
Durante a sessão, Luís Roberto Barroso, que foi contra a decisão, disse que prefeitos com problemas na prestação de contas podem ter os cálculos aprovados apenas por terem apoio político dos vereadores.
— Não me parece razoável a tese em que alguém possa dizer que, comprovadamente, o prefeito desviou dinheiro, mas a Câmara Municipal, politicamente, como ele tem maioria, achou que está bem assim — disse.
O ministro Gilmar Mendes, que votou com a maioria, ressaltou a atuação de governadores sobre os tribunais.
— Hoje, um governador, que domina uma assembleia, e o Tribunal de Contas podem rejeitar as contas de maneira banal para causar a inelegibilidade de um prefeito. Temos que ter muito cuidado com isso. Não queria entrar nesse assunto, mas, se era para tratar de realidade constitucional, mas falar com toda a abertura — afirmou Mendes durante o julgamento.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco disponibilizou o sistema “Denúncias On-line”. O projeto foi iniciativa da Comissão de Planejamento e Gestão de Propaganda do TRE-PE.
O objetivo foi de criar durante as Eleições 2016 um meio de comunicação com os eleitores de todo o Estado de Pernambuco, que queiram noticiar à Justiça Eleitoral irregularidades relacionadas a Propaganda Eleitoral.
Os eleitores poderão enviar vídeos e fotos, além de outras informações, acessando o sistema através do banner na página do TRE-PE (www.tre-pe.jus.br), ou ainda pelo menu Eleições> Eleições 2016 > Propaganda Eleitoral > Denúncia Online.
Todas as denúncias precisam constar de nome, telefone e email pois o anonimato é proibido, mas o sigilo é garantido.
A população brasileira vai tomar conhecimento aos poucos, em suas vidas, das maldades já determinadas, além de outras planejadas, pelo governo interino de Michel Temer. Uma delas começa hoje: a perícia de revisão dos três milhões de brasileiros aposentados por invalidez (por doenças que os incapacitam para o trabalho) e cerca de 840 mil que atualmente recebem o auxílio-saúde, vale dizer, estão afastados temporariamente do trabalho por conta de doenças ou sequelas de acidentes, inclusive de trabalho. Muitos já foram convocados para hoje e o mutirão seguirá pelos próximos dias e meses. Cortando benefícios supostamente imerecidos, o governo quer economizar R$ 6 bilhões/ano. Hoje os gastos com as aposentadorias por invalidez custam R$ 3,6 bilhões/mês e o auxílio-saúde um bilhão de reais por mês.
É provável que existam benefícios em situação irregular, mas dificilmente somariam, se cortados, os R$ 6 bilhões anuais que o governo quer economizar. Não é fácil passar irregularmente pelos peritos do INSS. Num caso e no outro, o segurado precisa levar exames comprobatórios, atestado do médico que o atendeu (geralmente na rede pública, onde os médicos são mais rigorosos na emissão de atestados) e ainda submeter-se ao exame dos próprios peritos. O que se pretende, portanto, é um corte em massa de benefícios, atingindo doentes e inválidos para o trabalho. Para isso, o governo instituiu, na medida provisória que tratou do assunto, uma gratificação para os peritos, de R$ 60 por cada perícias extra que realizar, fora as que estão normalmente agendadas. É um estímulo ao perito para negar benefícios. Quando mais rapidamente ele examinar um paciente e disser “não”, mais gratificações acumulará.
A mesma maldade será feita com os velhos sem previdência e os portadores de deficiência que recebem o chamado BPC – Benefício de Prestação Continuada. Trata-se de um salário-mínimo mensal concedido a pessoas muito pobres pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com recursos da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), ambos previstos na Constituição e implantados nos últimos anos. Trata-se de pessoas muito pobres. Tão pobres que a renda per capita mensal da família (renda dividida pelo número de membros) não pode ultrapassar um quarto do valor do salário-mínimo. Todos serão chamados para a revisão.
O mutirão está começando hoje nos postos do INSS, para aposentados por invalidez e “encostados” temporariamente. Muita gente já foi convocada. Ninguém precisa, entretanto, precipitar-se em busca de agendamento. Todas as “vítimas” receberão o chamando em casa, pelo Correio, com indicação da data, hora e local da perícia de revisão.
Há uma maldade que só será percebida no ano que vem. Este ano está sendo pago o chamado "abono" do PIS-Pasep: um salário-minimo anual, no mês do aniversário, concedido desde o regime militar aos que ganham menos de 5 salários mínimos. Mas o que está sendo pago é relativo a 2015. Em 2017, este público descobrirá que Temer acabou com o abono.
Será dura a vida dos mais pobres com o governo Temer. E vai piorar, se ele for efetivado.
No último final de semana o prefeito de Venturosa, Ernandes Albuquerque, entregou a comunidade das Pedra Fixe um posto de saúde reformado e ampliado, além da conclusão da reforma da escola local e o calçamento e a iluminação pública da localidade.
O prefeito pretende entregar várias outras obras nas várias regiões do município até a conclusão do seu mandato em dezembro. Mesmo enfrentando forte crise econômica e uma grave recessão, há expectativas de deixar dinheiro em caixa nos cofres públicos, grandes projetos encaminhados e uma herança benigna para o próximo gestor municipal.
Dessa forma Ernandes deve se despedir do mandato e não da vida pública, constituindo-se numa liderança respeitada, com uma boa gestão na biografia e um mandato bem avaliado. Abrindo mão do seu direito a reeleição para manter a unidade do grupo o prefeito também mostra seu peso político dentro do PR municipal.
Um dos temas que devem ser debatidos nos planos de governo dos candidatos a prefeito esse ano é o da segurança pública.
A violência tem crescido a olhos vistos. As cidades do interior, antes conhecidas por sua calma e tranquilidade há tempos têm sido vítimas da ação inescrupulosa dos criminosos.
Uma das "modalidades" dessa olimpíada de roubos é o furto de aparelhos celulares. Venturosa assiste de forma passiva o crescimento de casos em que elementos se aproximam de moto e levam os aparelhos até mesmo em pleno meio dia.
Os assaltos ao comércio também cresceram. De bares à mercados a reclamação é a mesma.
A guarda municipal pouco ou nada pode fazer para combater criminosos, há limites legais rígidos para sua atuação, mas o próximo governo deve se posicionar sobre esse tema espinhoso e de grande interesse para a comunidade.
É possível mediar junto ao governo do estado um maior efetivo para Venturosa?
Instalação de câmeras pela cidade podem ajudar a coibir a ação criminosa?
Quais as propostas dos candidatos para ajudar a solucionar esse problema?
Não deixemos que essa eleição seja mais um fla flu, uma disputa entre grupos apenas, onde os ataques se confundem com política.
COM INFORMAÇÕES DE RICARDO NOBLAT E DO JORNAL O GLOBO
Ricardo Noblat
O que poderá acontecer caso se confirme que Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que carrega seu sobrenome, doou ao PMDB R$ 10 milhões em dinheiro vivo e não declarado nem por ele nem pelo partido à Justiça?
E que o fez a pedido de Michel Temer, na época presidente do PMDB e vice-presidente da República, com quem Marcelo teria se reunido em Brasília a poucos meses das eleições de 2014?
Em sua mais recente edição, a revista VEJA informa que teve acesso a um anexo da delação premiada de Marcelo à Lava-Jato. E que nele está dito que em maio de 2014 houve um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, presentes Temer, o então deputado Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil, e Marcelo. Na ocasião, Temer teria pedido “apoio financeiro” da empreiteira ao PMDB.
A Odebrecht, segundo Marcelo, repassou R$ 10 milhões de reais ao partido – R$ 4 milhões entregues a Padilha e R$ 6 milhões endereçados a Paulo Skaf, o candidato do PMDB ao governo de São Paulo naquele ano com o apoio de Temer.
O dinheiro foi registrado na contabilidade do setor da Odebrecht conhecido como “departamento de propina”.
Em nota enviada à VEJA, Temer admite que jantou com Marcelo e que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
Consta no TSE que em 2014 a Odebrecht doou ao PMDB R$ 11,3 milhões. Teria sido a isso que se referiu Marcelo em sua delação?
Tudo indica que não. Marcelo insiste na delação que os R$ 10 milhões (não R$ 11,3 milhões) saíram em dinheiro vivo do “caixa paralelo” da Odebrecht. Se mentiu ou se a Lava-Jato não achar provas do que ele disse, a delação será recusada.
E Marcelo, já condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, não terá sua pena reduzida. Ele está preso há quase 14 meses. O que ganharia mentindo?
Esta é a segunda vez em que Temer é citado por delatores da Lava-Jato. O primeiro a citá-lo foi Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
De acordo com jornal, repasses teriam abastecido campanha de José Serra à Presidência
O Globo
Os executivos da Odebrecht prometeram aos investigadores da força tarefa da Lava-Jato detalhar como o caixa dois da empresa abasteceu as campanhas eleitorais do PSDB em 2010. A informação foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" e confirmada pelo GLOBO junto a pessoas que acompanharam de perto as negociações.
De acordo com o jornal, os repasses teriam ido para o hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), que concorreu à Presidência da República, em 2010. Ele teria recebido ilegalmente R$ 23 milhões. O GLOBO não conseguiu confirmar a citação ao tucano e os valores.
Para comprovar que houve o pagamento por meio de caixa dois, segundo o jornal, a Odebrecht vai apresentar extratos bancários de depósitos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha presidencial do tucano. O ministro era apelidado na contabilidade paralela da empresa de "vizinho" e "careca".