O caso ganha a grande mídia agora, mas já circulava entre os
blogs mais progressistas. O deputado e pastor Marcos Feliciano está envolvido
em um escândalo sexual. O pastor teria abusado de uma jovem militante do PSC.
O trecho que reproduzo a seguir foi publicado pelo portal
UOL:
“A jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Pr. Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro, revelou na oitiva que prestou ontem ao delegado Luiz Alberto Hellmeister, titular da 3ª DP de São Paulo, que o deputado usou uma faca para forçá-la a deitar na cama e se despir, na tentativa de sexo à força – o delegado confirma a informação prestada. Foi dentro do apartamento funcional em Brasília e o crime teria ocorrido dia 15 de junho.”
A jovem teria sido forçada a gravar vídeos desmentindo o
ocorrido. Em depoimento ela afirmou que também foi ameaçada de morte pelo
presidente do partido, o pastor Everaldo, que foi candidato à presidência pelo
PSC.
Não podemos julgar antes que tudo seja esclarecido, mas os
elementos apresentados e um áudio de uma conversa da vítima com o assessor do
deputado mostram que a verdade pode não ser muito palatável para Feliciano.
O mesmo pastor que se posiciona contra direitos civis para
grupos minoritários. O mesmo que usa da fé para se manter na política. O mesmo
que busca holofotes para o seu preconceito.
Tenho um profundo respeito pelo povo evangélico e conheço e
admiro muitos pastores sérios, homens de fé e de ação que vivem de acordo com
os princípios basilares do cristianismo. Apontar o possível desvio do pastor
deputado é trazer à tona um tema que deve ser debatido: o abuso de poder por
parte de autoridades políticas e religiosas.
A lei deve servir para todos, independente do seu cargo ou
posto.
Caso Feliciano seja culpado, seu crime não deve ser varrido
para debaixo do tapete, não deve ser colocado como uma vítima que foi
perseguida pelos não crentes, mas deve ser tratado como de fato o são os que
cometem crimes dessa natureza.
Se for inocente que se alardeie isso aos quatro cantos com o
mesmo destaque que se usou para acusa-lo.
Mas para o pastor, pior que o nosso juízo é o juízo do Deus
em que ele afirma crer.
Pois se for culpado, os que conhecem um pouco de Bíblia
conhecem o pensamento de Jesus sobre a hipocrisia dos fariseus.
Emerson Luiz
O depoimento
O áudio
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