Dez investigados vão sabatinar indicado ao STF
O Globo - Cristiane Jungblut e André de Souza
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante do Senado, terá dez senadores investigados pela Operação Lava-jato e um investigado a partir de desdobramentos dela. A CCJ terá a responsabilidade de sabatinar no dia 22 deste mês o ministro Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal.
O PMDB manterá o controle total do processo de indicação de Moraes. Por aclamação, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), investigado na Lava-Jato, foi eleito formalmente presidente da CCJ, e o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) será o relator do caso de Alexandre. Entre os dez investigados da Lava-jato que integram a comissão, cinco são titulares e cinco, suplentes. O maior número é do PMDB, a começar por Lobão. No total, a CCJ tem 27 titulares e 27 suplentes.
O campeão de inquéritos é o ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), com oito investigações abertas. Ele é seguido pelo ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), com seis inquéritos, Valdir Raupp (PMDB-RO), com quatro, e Jader Barbalho (PMDB-PA) e Benedito Lira (PP-AL), com três. O presidente da comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR) e a líder do PT, Gleisi Hoffmann (PR), têm dois inquéritos cada, e Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ) são alvos de um inquérito cada, mas no caso deste último a Procuradoria-Geral da República já pediu o arquivamento. Além disso, há duas investigações contra o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que não são parte da Lava-Jato, mas surgiram a partir de desdobramentos dela.
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