Foto de Pedro Henrique Torquato - Rede Social |
Euclides da Cunha, autor da célebre obra Os Sertões,
descreveu o Nordestino como sendo, antes de tudo, “um forte”.
Somos um povo forte, bravo e esperançoso.
Somente a fé é capaz de alimentar nossa força diante de toda
a desesperança que nossos olhos vislumbram tão constantemente. Com esse já se
vão seis anos de seca.
Seis anos.
Mais da metade do rebanho bovino do nosso estado foi
dizimado.
Mais da metade dos municípios do nosso estado já decretaram
calamidade por falta de água.
Ficamos sem palma, o mandacaru que nos socorreu ficou
difícil. O bagaço de cana foi um refrigério, mas a ganância de alguns serviu de
instrumento de exploração dos pequenos.
Os pipas reinam. Há quem diga que alguns que lucram com essa
situação chegaram a pedir que a água não retornasse tão cedo.
Deus nãos os ouviu, não os ouvirá.
A chuva cai sobre justos e injustos, porque Deus é um pai
cheio de bondade e misericórdia.
É a fé nEle que nos torna fortes.
E essas duas imagens, registradas por dois amigos que amam
nossa cidade, Pedro Henrique Torquato e Hebert Campos, mostram que basta um
pequeno sinal para que nossas forças se renovem.
Como dizem nossos poetas: “No inverno Deus monta a oficina
que concerta os problemas do Sertão”.
As chuvas voltarão, se Deus quiser.
E enquanto elas não chegam, basta-nos a fé para aumentar
nossa força e renovar nossa esperança.
Somos nordestinos.
Ter força está na natureza de nossa gente.
Foto de Hebert Campos - Rede Social |
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