Quando Eduardo Campos morreu em um trágico e estranho acidente aéreo postei que não se resolve problemas políticos homenageando quem já partiu. O tempo e o governo de Paulo Câmara parecem estar me dando razão.
A única coisa que parece sustentar o nome do governador é a péssima qualidade de seus adversários. Sendo assim, talvez o povo de Pernambuco decida ficar com o mal que já conhece.
No caso do ex-presidente Lula, tenho uma opinião parecida. Muitos desejam votar nele pela lembrança de seus dois governos e de como os mais pobres passaram a ter acesso a bens de consumo e desfrutaram de um período de pleno emprego. Enxergam em Lula o presidente (o único, dizem alguns) que fez algo pelos mais pobres. Não estão de todo errados.
Ora, foi durante os governos petistas que mais de 20 milhões saíram da pobreza extrema e passaram a fazer três refeições por dia, foi no seu governo que milhões tiveram acesso a energia elétrica em suas casas e que pais pobres viram seus filhos ingressarem em faculdades. Para quem sempre teve parece bobagem, para quem nunca teve foi um divisor de águas.
Vieram os escândalos. Mensalão e hoje o Petrolão. Sou democrata, respeito as leis e seus fundamentos. Quero que Lula tenha um julgamento justo e lhe dou o benefício da dúvida. Com toda parcialidade com que o juiz Moro tem tratado o petista ele, culpado ou inocente, vai cravar a imagem da vítima.
O país está em crise ética, moral e financeira. O brasileiro perdeu a fé na polícia, nos políticos e nos juízes. Nesse caos uns querem medidas extremas e outros o conforto dos tempos passados. Poucos querem questionar, estão sendo massacrados por inflação, resseção e desemprego. Aí fundamento minha escolha de não mais votar em Lula.
Acredito que o país precisa de um estadista que não esteja vinculado a nenhum tipo de escândalo de corrupção. Precisamos de novas estratégias para criar novas oportunidades e de reformas que não castiguem exclusivamente o povo, feitas por quem tem conhecimento e autoridade para liderá-las.
Lula seria a continuidade da polarização do nós contra eles. Dos coxinhas contra os mortadelas, das negociatas com um legislativo corrupto e corruptor. Defender a volta de Lula para mim é defender a continuidade do caos político e do ódio de classe. O país precisa ser repactuado e pacificado.
Eleger Lula seria um erro tão grande quanto apostar em aventureiros como Roberto Justus e Luciano Huck que desejam se candidatar. Seria quase tão ruim quanto levar um desequilibrado como Bolsonaro ao Palácio do Planalto.
Além de não votar em Lula, também não pretendo reeleger nenhum deputado que votou contra o povo, nenhum dos que se envolveram em corrupção ou que mudaram seus votos depois de emplacar aliados em cargos ofertados por Temer.
Dito isso, não escrevo para ofender os que pretendem votar nos políticos que citei. Quero apenas convidar a pensar diferente, a olhar para outra direção.
Não vamos vencer os problemas fazendo apenas o que já foi feito antes. Precisamos avançar com seriedade, respeito e responsabilidade.
Escrever um novo futuro para o país é nossa obrigação.
Sejamos a mudança que tanto queremos.
Emerson Luiz.
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