quinta-feira, 16 de novembro de 2017

CEM MUNICÍPIOS EM PERNAMBUCO DEVEM DEMITIR FUNCIONÁRIOS E DIMINUIR SERVIÇOS. A CONTA DO PATO ESTÁ CHEGANDO, MAS HÁ EXCEÇÕES.


PREFEITOS DE 100 MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS se reuniram para debater o atual cenário da crise econômica e decretar o óbvio. Diante da diminuição de receitas, terão de demitir funcionários. Em alguns municípios se fala em diminuir a prestação de serviços básicos à população.

Onde estavam esses prefeitos na hora de pressionarem seus deputados a não aprovarem a limitação de investimentos impostas por Temer que congelará o país por 20 anos? Onde estavam esses prefeitos na hora de pressionar contra as reformas que castigam o nosso povo? Agora colhem o que plantaram e infelizmente penalizarão os que não têm culpa.

Alguns municípios ainda não sentiram a força total dessa crise. Casos como o de Buíque e o de Venturosa devem ser destacados. Até esse momento a oferta de serviços foi mantida e não houve demissões no funcionalismo. Não se deve torcer pelo quanto pior melhor, pois quem sofre é a população mais carente que necessita dos serviços públicos. Nesse caso específico, os gestores que conseguem manter seus municípios com a máquina pública funcionando de forma eficiente devem ter o seu mérito reconhecido pois nem sempre é fácil cumprir com as obrigações legais da gestão pública, como a AMUPE reconhece.

Venturosa pode enfrentar em breve problemas com seu fundo de previdência, o IPSERV, que respira graças a uma ação movida pelo ex-prefeito Ernandes Albuquerque e que conseguiu reaver contribuições que foram feitas ao INSS e deveriam ter sido efetuadas ao fundo municipal. Isso injetou um bom dinheiro no IPSERV e deve mantê-lo respirando por aparelhos até que novas medidas sejam tomadas.

O dever de casa desses municípios foi feito, Arquimedes e Eudes, respectivamente os prefeitos de Buíque e Venturosa, possuem experiência administrativa e tem mantido seus municípios em dias, outros prefeitos, não. O fato é que a conta do impeachment e das negociatas de Temer estão chegando e todos terão de fazer mais com menos. Confira a matéria da AMUPE



A difícil decisão de demitir pessoal e diminuir os serviços prestados à população foi debatido hoje na Amupe pelos prefeitos

A Assembleia Geral Extraordinária realizada hoje(14/11) na Amupe, foi a mais difícil dos últimos tempos devido as medidas drásticas necessárias que os gestores estão tomando para conter a crise: demissões, diminuição de cargos, corte de gratificação e dos serviços prestados à população, disse José Patriota, presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, ao abrir os debates para que cada prefeito desse seu depoimento. Cerca de 5 mil servidores, entre comissionados e contratados, já foram demitidos este ano, além da previsão de novas medidas igualmente drásticas.
O que os prefeitos querem urgentemente é um auxílio financeiro estimado em R$ 4 bilhões, no âmbito nacional, ficando para Pernambuco uma parcela de R$ 169 milhões o que permitirá aos mesmos saldarem os compromissos com salários e 13º.
Mais de 100 municípios compareceram a reunião que teve por objetivo abrir a campanha nacional da CNM junto com as Associações Municipalistas, “Não deixem os Municípios Afundarem”. A mídia em peso   atendeu ao apelo dos gestores.
 Vinte e um prefeitos expuseram publicamente suas dificuldades:  Em Arcoverde, Madalena Brito, disse que a crise chegou ao município muito pesada e que só os gastos em Previdência Social já somam mais de R$ 7 milhões, justificando que apesar de estar no segundo mandato as consequências da crise no seu município ainda não são entendidas pela população.
O prefeito de Água, Preta Eduardo Coutinho, em seu 5º mandato disse que nunca viu uma crise igual a essa e propôs uma mobilização popular no dia 22 de novembro em todo território nacional, além de uma mobilização com a UVP- Câmara de Vereadores e a bancada federal pernambucana.
O Prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, ressaltou a importância de uma campanha na mídia local e regional para sensibilizar a população quanto ao percentual de comprometimento de recursos em ações de educação e saúde, por parte dos municípios.
Já o prefeito de Jaqueira, Marivaldo Silva de Andrade, criou um decreto reduzindo 20% de todas as despesas, inclusive de pessoal e destaca a importância da mobilização nacional em prol do municipalismo.
O prefeito Luiz Aroldo de Águas Belas, sugere que todos os municípios pactuem redução em itens como festas e assumam a mobilização com o governo do Estado, para resgatar o FEM e as emendas parlamentares, além de amenizar as multas autuadas pelo CPRH na questão dos resíduos sólidos.
O prefeito de Poção afirmou ter R$ 1,5 milhão de retenção, reduziu 15% dos salários de cargos comissionados e demitirá pessoal a partir do mês de dezembro próximo. Teve a agência do Banco do Brasil fechada e o Fórum. Ele sente-se temeroso que o município se reduza a um distrito.
A prefeita de Capoeiras, Lucineide Almeida, convocou toda a sociedade e colegas gestores para não maquear a realidade da crise que afeta os municípios, destacando que a Previdência é o seu maior problema  e que precisa ser encarado como foco.

Para o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira propôs que todos os gestores se mobilizem fortemente para a ação reivindicatória no dia 22/11 em Brasília, só juntos seremos capazes de continuar lutando pelos interesses dos municípios. Ainda esse ano mobilizará a Assembleia Legislativa e bancada federal de Pernambuco, para mais uma rodada de negociação da pauta municipalista
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