segunda-feira, 14 de novembro de 2016

UM PERFIL DO GOVERNO PAULO CÂMARA

     O lado bom de Câmara 
(Blog do Magno)
Por trás do estilo tímido, não agressivo no marketing e na simplicidade de se relacionar com as pessoas, o governador Paulo Câmara (PSB), já na metade da sua gestão, exibe uma face elogiável: a do ajuste fiscal. Conselheiros que já meteram os olhos nas contas de 2015 remetidas ao Tribunal de Contas do Estado constataram que o relatório é impecável, digno dos maiores elogios.
Além disso, diferente de outros Estados, Pernambuco está pagando o salário dos servidores em dia e o benefício do 13º salário também já estaria assegurado. Trata-se de uma obrigação, é verdade, mas Estados como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e a maioria dos nordestinos não fizeram o dever de casa e foram, literalmente, engolidos pela baita crise nacional.
O que se diz entre as quatro paredes do Palácio do Campo das Princesas é que o governador é tão zeloso na questão fiscal que (na maioria das vezes, a adição aqui é minha, já que temos uma obra de uma escola em Venturosa que caminha a passos de lesma) só autoriza uma obra quando o dinheiro está disponível para o seu início e fim, para que o Estado não vire um canteiro de obras inacabadas. É o caso, por exemplo, do contorno rodoviário em Sertânia, a 300 km do Recife, que deu seu start no ápice da crise, em nenhum momento parou e deve ser inaugurado no início do ano.
São obras que, a principio, parecem pequenas, mas que são da maior relevância. Quando o anel viário de Sertânia estiver em funcionamento, o tráfego de caminhões e carros de passeio em direção a outras cidades do Sertão deixa de ser obrigatório por dentro da cidade, o que hoje provoca engarrafamentos e transtornos. Projetos deste porte, segundo relatório em poder do TCE, existem muitos.
Sem vocação para pavão, Paulo também é criterioso no gasto com publicidade. Um conselheiro que viu as contas de 2015 revelou que o governador não investiu sequer 1% do orçamento reservado para divulgar as ações do seu Governo. Por conta disso, paga um preço. A sua gestão tem pouca aceitação por parte da população, justamente porque existe um grande desconhecimento do que está sendo possível fazer, como as pequenas-grandes obras.
A partir de 1 de janeiro, Câmara inicia o terceiro ano com a caneta na mão. Seu grande gargalo tem sido segurança pública, estando o Pacto pela Vida extremamente comprometido. Se conseguir atenuar e reverter o crescimento dos homicídios, devolvendo tranquilidade à população, que está apavorada e beirando no campo da neurose, pode chegar em 2018 com a estrada da sua reeleição pavimentada.

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