Imagem ilustrativa. Jovens assaltam motoqueiro que filma o ato. |
As queixas são de crimes que supostamente estão sendo cometidos por adolescentes. E a cena tem se repetido com frequência: jovens saem às ruas com celulares e são abordados por motoqueiros que não parecem ter mais de dezoito anos, armados, que anunciam o assalto e partem despreocupados em plena luz do dia.
Os alvos, em sua maioria, são adolescentes, maiores consumidores das novas tecnologias e que amam smartphones, aparelhos que em média não custam menos de R$ 400,00.
O baixo efetivo de policiais na cidade contribui para isso, mas mais que a ausência das rondas do midiático Pacto Pela Vida, sofremos com nossa própria inércia em não denunciar tais crimes. O clima de medo aumenta, e no medo a sociedade tende a pedir leis mais duras, esquecendo de tudo o que faltou e nos preparou esse caldo amargo: boas escolas, oportunidades de crescimento, estrutura social e familiar.
Ao invés de pedirem mais escolas, acabam se engando e pedindo mais presídios, menoridade penal e rigor. Não se questiona o porquê de vivermos bestializados, apenas se pede para que se faça algo com os mais bestiais.
Uma sociedade refém do medo pode agir de forma errada e responder com mais violência. As ruas de Venturosa não possuem mais a tranquilidade de antes e aturdidos, seus habitantes esperam respostas das autoridades competentes, que muitas vezes tardam ou silenciam.
E as notícias só pioram. A partir do dia 1º de Dezembro a polícia civil de Pernambuco poderá iniciar seu movimento paredista. Uma greve da polícia é a última coisa que precisamos.
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