Quando pensamos em pequenas cidades de interior logo nos vem
a imagem de lugares pacatos, casas com janelas abertas e vizinhos conversando
nas calçadas sem muita preocupação. Infelizmente essa cena está ficando presa
ao status de lembrança. Nos últimos meses as cidades do interior foram vítimas
de grandes atos de violência, que vão de explosões de caixas eletrônicas à
assaltos em plena luz do dia.
Venturosa assiste perplexa a escalada da violência na
cidade. No último mês foram prisões, assaltos a lojas e a transeuntes que
tiveram celulares levados em plena luz do dia. Na noite de sexta a cidade foi
mais uma vez vítima da violência. Tiros romperam a noite e o resultado já é
sabido de todos.
Além da crise hídrica e da crise econômica, da ameaça de um
surto de dengue, a população está exposta a uma crise na segurança pública? O
Pacto Pela Vida, alardeado como modelo para todo o país, perdeu sua força após
as eleições?
O povo não merece ser abandonado pelo Estado e entregue à
própria sorte. Além de trabalhar arduamente para pagar uma conta que não
produziu, agora deve também pagar para se sentir seguro?
O medo provoca reações perigosas. Vemos crescer não apenas o
descrédito com os políticos, mas o desejo por parte dos cidadãos de possuírem
armas como se isso bastasse para resolver o problema.
O medo faz que homens bons se comportem como maus. Que
democracias desejem governos tão duros quanto ditaduras. A escalada da
violência promove o ódio.
E é isso que devemos temer.
Esperamos que as autoridades se manifestem com celeridade e
justiça.
E que o povo tome consciência de seu poder.
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