O texto a seguir é de autoria de uma jovem estudante de psicologia. Idealista e consciente do seu papel de cidadã, Larissa Aniely comenta a formação do legislativo municipal com clareza e objetividade. O texto foi publicado originalmente na rede social e é reproduzido aqui com permissão de sua autora.
Que possamos ler suas palavras não a partir de uma visão limitada pelo partidarismo político, mas do ponto de vista de quem cobrou mudanças na política nacional e pensa que o berço de qualquer mudança é o lugar onde vive.
A seguir o oportuno texto de Larissa:
Carta aberta aos venturosenses:
Caros conterrâneos, hoje em mais um ano de eleições municipais, me surgem questionamentos a respeito do futuro desta cidade, a qual tanto amo. Olho a nova câmara de vereadores, quanto desespero me dá, quanta falta de preparo, e observo que teremos uma câmara com 11 vereadores analfabetos políticos, sim 11!
A campanha já predisse isso, à medida que a compra de votos atestou a incompetência de todos, onde o dinheiro supera o bem estar da população durante os quatro anos, afinal você já recebeu a “recompensa” por seu voto. Passamos os quatro anos reclamando que os vereadores não tem função, não fazem seu papel, e reelegemos 8 vereadores. O que esses fizeram por a cidade? Fiscalizaram com ética as contas das prefeituras? Aprovaram propostas de projetos que beneficiassem o desenvolvimento da cidade? Não, não fizeram! Venderam-se a ideologias politicas em troca de benefícios próprios.
Não só temos analfabetos políticos apenas, temos analfabetos funcionais que não conseguem interpretar, falar e escrever de maneira que permita ao cidadão entender o seu posicionamento. E em relação a sua função legislativa, desconhecem muitas vezes a função da lei, a sua própria função de vereador e o seu compromisso com a população. Poucos foram os candidatos que de maneira limpa optaram por apresentar propostas reais e não materiais, discutindo ideias para melhoria de nossa cidade. E o que fizeram com esses vereadores? Não os elegeram, mas não podemos culpar apenas a população por essa cultura de compra de votos, pois desde a Grécia antiga observamos a cultura do pão e circo, cultivada preponderantemente por os grandes senhores do poderio do dinheiro.
O pensamento crítico reflexivo deve ser propagado, e nós, podemos e devemos fazer a diferença, a partir do momento em que colocamo-nos a disposição da boa e verdadeira politica, onde não há “voto perdido”, mas há uma posição que foi criticamente refletida, pensando no melhor para o bem estar e desenvolvimento de toda a comunidade, buscando formar uma sociedade livre, justa e solidária.
Não, não me sinto representada por nenhum desses, muito menos por um prefeito que perante a lei responde um processo de improbidade administrativa. Mas tenho a esperança e a força de que um dia verei minha cidade progredir, não com ideologias de cor, ou de “poder por poder”, mas onde um lado “vencerá” o outro por apresentar propostas mais condizentes com a realidade da população. Por fim, desejo que apesar do que vimos até hoje, a verdadeira politica se sobressaia nesses próximos 4 anos e que o interesse publico prevaleça sobre os interesses particulares.
“O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS” (Martin Luther King)
P.S.: isso não é um mimimi de alguém que tem um “lado” politico, mas é a fala de uma jovem madura, embasada numa construção critica reflexiva, que tem princípios e valores onde o bem comum é o principal objetivo.
P.S.: Desculpem-me se em alguma frase pareceu agressivo, não foi intencional.
Larissa Aniely Leonilo Bezerra
Acredito eu ki um dia à democracia se tornara céus por cima das nuvens negras da hipocrisia !
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