O grupo oposicionista viu sua participação
na câmara de vereadores diminuir após as eleições municipais. O partido já
havia sofrido o baque de ver vereadores por ele eleitos mudar de lado sem
constrangimento ou justificativa e, recentemente, perdeu um de seus quadros no
legislativo para apresentar uma candidatura para o executivo.
O vereador Charlles de Tonho abriu mão de
disputar pela continuidade do seu mandato e, como dizemos no Nordeste, “deu a
cara à tapa” para defender a imagem e manter a tradição do grupo vermelho em
Venturosa.
De certo que o prefeito eleito conseguiu
registrar a maior vitória política já observada em Venturosa, mas também
podemos reconhecer que dificilmente o resultado seria outro. Não é que Charlles
fosse um mau candidato, mas o partido estava em um péssimo momento, colocou uma
candidatura na base da pressão e do susto e enfrentou um político carismático,
inteligente e dono de dois mandatos bem avaliados. O odontólogo Eudes Tenório
já despontava como favorito antes mesmo de se realizarem pesquisas.
Findado o pleito o grupo de oposição
viu-se menor na câmara, dos 5 vereadores eleitos em 2012 passou para 3 na
próxima legislatura: Carlão, Nêgo de Abílio e Dedê.
Dos três um possui uma rara capacidade de
oratória que une objetividade e sarcasmo. É capaz de arrancar risos com a mesma
capacidade com que irrita e incomoda os mais apaixonados: Dedê Galdino.
A presença de vereadores como Dedê é imprescindível
para a democracia num município pequeno como Venturosa, onde a tentação da
opinião única é tão presente e tentadora. Dedê presta um serviço não apenas ao
partido que o elegeu, mas a toda a comunidade venturosense, pois é ele o
contraponto ideológico do governo municipal. Todo vereador é um fiscalizador do
poder executivo, mas muitos ainda não se percebem assim na prática, apenas em
teoria.
E ao dizer isso não torço por uma má gestão de Eudes. Torcer por um governo ruim é se colocar contra meus
conterrâneos, é trabalhar pelo atraso fingindo querer o melhor para o povo. Isso iria beirar a hipocrisia. Desejo que Venturosa cresça, independente de quem a governe, mas penso que não pode haver
governo sem questionamento, sem fiscalização, sem transparência.
Oposição cega
é burrice e produz efeitos negativos. É só ver o que o PSDB fez com esse país
até conseguir o impedimento de Dilma. A História ainda vai falar sobre a turma
do “quanto pior, melhor” quando o calor do momento passar.
A câmara precisava de uma grande renovação
em seus quadros, coisa que não ocorreu nessas eleições. Então, sem o ingresso
de novos atores, os que já possuem experiência serão ainda mais cobrados.
Dedê será a voz dos que desejam
questionar.
Uma voz necessária para o debate político
em nossa cudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários registrados não traduzem a opinião do blog e são de responsabilidade de seus respectivos autores