O outubro rosa chega ao fim, mas nossa luta por conscientização continua. Embora a história desse post não se trate de uma batalha contra um câncer de mama, não torna-se menos importante, emocionante e motivadora por isso. A jovem Morgana Almeida travou uma batalha dolorosa contra um linfoma e pela graça de Deus recuperou sua saúde. Ela gentilmente permitiu que publicasse essa história de vitória do amor e da vida e sua leitura motiva a cada um de nós a ter fé e persistir na busca daquilo que acreditamos.
Muito obrigado por compartilhar sua história, Morgana.
Desejo uma ótima leitura a todos e todas!
"Dia 23 de outubro de 2012, fui ao médico mostrar exames que havia feito, depois de alguns dias antes ter passado mal com uma dor tão forte que não conseguia respirar. Cheguei ao consultório, e como curiosa que sou, fui ler o laudo e estava escrito: LINFONODOMEGALIA CERVICAL E MEDIASTINAL, eu não fazia idéia do que seria, mas com esse nome não podia ser coisa boa. Então me chamaram, meu coração tava na boca, mãos frias, Dr Geovanni (meu cardiologista) gentilmente mandou eu me sentar, leu o laudo, respirou fundo e disse: Morgana você tem um LINFOMA, você precisa ser forte, precisa fazer quimioterapia, mas não se preocupe você tem mais de 85% de chances de se curar. Eu nem me lembro o que falei, mas de verdade não sabia o que era linfoma, só pesava a palavra QUIMIOTERAPIA, Meu Deus: Meu cabelo!
Cheguei em casa fui me consultar com dr Google e aí a ficha começou a cair, quando li: "Linfoma, CÂNCER no sistema linfático." Meu Deus, eu tinha CÂNCER, meu Deus e agora?". Meu cabelo, minha faculdade, minha VIDA?! Mas veio um versículo na minha cabeça na hora: Josué 1:9 que diz: "Não te mandei eu?! Sê forte e corajoso, que eu sou o Senhor teu Deus por onde quer que andares." Deus se fez presente em tudo, e em menos de 2 meses eu comecei meu tratamento.
Fiz 12 sessões de quimioterapia, 3 cirurgias, uma delas para colocar um catéter, o abençoado Catéter, que trouxe a pior fase do tratamento, um extravasamento de quimioterapia. Infecção por uma bactéria resistente em catéter central ( o final dele ficava no coração), e que se não fosse Deus eu não estaria aqui, ninguém explica como eu tava com uma infecção daquela, e não tinha febre, e após o extravasamento meu seio continuava lá sem sinais de necrose.
E depois... tão dificil quanto o tratamento. Recuperar a auto estima depois de ter passado por tudo, me olhava no espelho e não me reconhecia. Ele tem colocado pessoas incríveis na minha vida, me mostrando o quanto sou capaz, o quanto eu posso. Esse ano tem sido incrível, tenho me superado diariamente. Grata a Deus por tudo, sempre. Obrigada família, amigos, colegas de faculade, professores. Eu tive câncer, mas ele nunca me teve! #EUVENCI ".
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