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| Na capa de Veja um país que havia ficado para trás e está sendo trazido de volta pelo governo Temer. |
Uma década de expansão da pobreza. Isso é o que acontecerá com o Brasil, segundo reportagem de capa do jornal O Globo, a partir de estudo da consultoria Tendências.
De acordo com o trabalho, pelo menos 1 milhão de famílias voltarão às classes D e E nos próximos 9 anos, fazendo com que o Brasil tenha cerca de 41 milhões de pobres, em 2025.
"As famílias vão ter que se acostumar a vive com menos por mais tempo", diz Adriano Pitoli, autor da pesquisa.
Eis aí um retrato do custo do processo de impeachment, iniciado em 2014, logo após a vitória de Dilma Rousseff, quando PSDB e PMDB se uniram na agenda do "quanto pior, melhor".
Conseguiram afastá-la, mas herdaram um Brasil que retrocede pelo menos uma década e que deverá voltar ao mapa da pobreza.
O Brasil havia superado esse quadro de miséria durante o governo Lula e se esforçava para se afastar da crise sem sacrificar seu povo no governo Dilma.
A estratégia de implosão do país para afastar a presidente vai cobrar sua conta. O governo neoliberal de Michel Temer e suas propostas de congelamento de despesas em setores vitais como saúde e educação vão atingir os mais pobres. Os mesmos pobres que aceitaram o golpe e pensavam que por estar na classe C eram ricos e deveriam agir como a classe média reacionária desse país.
"Terão de se acostumar a viver com menos", como fiz o autor da pesquisa.
Seria uma boa hora para se perguntar porque os que serão duramente atingidos por esse governo permanecem parados e em silêncio.
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