terça-feira, 29 de agosto de 2017

BANCO DO BRASIL VOLTAR A FUNCIONAR NORMALMENTE DEVE SER VISTO COMO OBRIGAÇÃO DA EMPRESA E NÃO VITÓRIA POLÍTICA

Imagem ilustrativa

O prefeito de Venturosa esteve reunido com o Superintendente Regional de Varejo do Banco do Brasil em Caruaru, o senhor Hugo Tailor R. Domingues, na tarde dessa terça-feira. O banco teve a sua agência em Venturosa atacada por bandidos que explodiram o cofre em agosto de 2015. Na ápoca o sindicato dos bancários pediu o fechamento da agência até que a situação fosse regularizada, pois mesmo sem condições para isso, os bancários continuaram trabalhando regularmente.


Imagem da época do assalto e explosão do cofre
da agência em Venturosa
Várias agências foram alvos de grupos especializados de bandidos por todo o estado nos últimos anos. A população de Venturosa tem recorrido a agências localizadas em municípios próximos, como Alagoinha, Arcoverde e Pesqueira e cobrado por soluções.

Ao procurar o superintendente, o prefeito ouve as cobranças do povo e tenta mediar uma solução, age como um gestor público deve agir. A criação de um conselho de Segurança Municipal e instalação de um Sistema de Câmeras de Monitoramento na cidade são exigências da empresa. Em contrapartida o Banco do Brasil irá investir em um cofre inteligente e sistemas mais modernos. Segundo informações do blog Venturosense, de Francis Airon, um dos responsáveis pela comunicação da prefeitura, os trabalhos devem ser regularizados em no máximo 30 dias.

Não quero diminuir o esforço do prefeito, mas a volta do Banco do Brasil é uma obrigação da própria empresa e não uma vitória política. Caso organizem uma festa para celebrar o fim das viagens perigosas dos clientes para outras cidades, os problemas e transtornos gerados para os comerciantes locais e para a economia municipal, ótimo, mas se for uma festa para associar a obrigação de uma empresa pública altamente lucrativa e que passa por reestruturação a uma ação política local será um erro de interpretação por parte de seus organizadores.

Empresas possuem obrigações para com os seus clientes e empresas públicas não fogem dessa regra. E aqui estamos falando de uma empresa que obteve lucro líquido ajustado de R$ 2,515 bilhões no primeiro trimestre, o que representa aumento de 95,6% na comparação com o mesmo período de 2016. O lucro contábil avançou 3,6%, para R$ 2,443 bilhões, segundo reportagem do Valor Econômico.

Não podemos confundir o público com o privado, o que é obrigação com uma conquista individual ou favor. Cabe ao poder público gerar condições para que as pessoas tenham segurança e capacidade de se desenvolver. Um bom governo, além de cumprir com suas obrigações deve gerar condições para o desenvolvimento econômico.

Antes que venham com algo como "se não tivesse feito nada ia ser criticado, se faz também o é", não se tece críticas ao prefeito nesse artigo. Eudes é um bom gestor, mas reativar a agência ou corresponde bancário em Venturosa é uma obrigação do Banco do Brasil, não um favor político. Garantir a estrutura mínima para que a agência funcione é dever do poder público. O que se faz aqui é lembrar isso.





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