Consulta no Senado indica 95% de rejeição à reforma do ensino médio
Em enquete que não tem valor científico, quase 45 mil pessoas haviam declarado ser contra as mudanças propostas pelo governo para a educação. Só 2 mil se manifestaram a favor. Confira a íntegra da medida provisória e saiba o que ela prevê
A medida provisória (MP 746/16) que propõe a reforma do ensino médio sofre forte resistência na consulta pública feita pelo Senado para avaliar o grau de adesão à iniciativa: 95% das pessoas que responderam à pesquisa na internet até agora manifestaram contrariedade com as mudanças propostas pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Até as 14h51 desta terça-feira (27), 44.417 pessoas haviam declarado não apoiar a proposta. Apenas 2.036 (4,5%) disseram ser favoráveis à MP.
O Congresso Nacional tem 120 dias, a contar da última sexta-feira (23), quando o texto foi publicado no Diário Oficial da União, para aprovar, com ou sem alterações, a medida provisória (íntegra da MP 746/16). Se isso não ocorrer, a MP perde a validade. Pelo calendário apresentado, a medida precisa ser votada pela Câmara até 20 de outubro e pelo Senado entre 21 de outubro e 3 de novembro. Caso seja aprovada, parte das mudanças deve ser aplicada a partir de 2017. Outras alterções serão implantadas de maneira gradual.
Com a medida provisória, a carga horária mínima por ano deve ser progressivamente ampliada, das atuais 800 horas, até atingir 1.400 horas. Pela reforma, só três disciplinas serão obrigatórias – Português, Inglês e Matemática. As demais deverão ser escolhidas pelos alunos, que poderão fazer percursos formativos diferentes. Também está previsto o fim da obrigatoriedade de disciplinas como Educação Física e Artes.
A consulta está apenas em seu segundo dia e não tem caráter científico. Embora possa, em tese, refletir a maior mobilização de grupos organizados contrários aos principais pontos da reforma enviada pelo Executivo, o elevado índice de rejeição é um prenúncio da batalha que o Palácio do Planalto terá pela frente no Congresso. Clique aqui para opinar
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