Não muito tempo atrás, quando eu lia ou via o noticiário sobre os crimes que acontecem em nosso estado ou país, eu perguntava, como tantos outros: onde está a polícia?
Eu tinha raiva da polícia, admito. Eu fui enganado como tantos ainda são, admito. A polícia é a ponta de lança, e por ser o braço mais visível da segurança pública, é a primeira a ser criticada. Não podemos negar que como qualquer setor, dentro da polícia há bons e maus exemplos.
Mas é mais fácil culpar só a polícia do que se afastar para ver o quadro todo. Falta investimento em material, de munição até coletes, combustível para viaturas, logística, papel, tinta para impressora, falta de um tudo nas delegacias e nos batalhões de Pernambuco. Nossos policiais ganham pouco, são muito cobrados e muitos saem mal preparados para atuarem na rua. Vimos muitos casos onde a polícia, para conter manifestações, abusa da força.
O policial é criticado pelo que faz, pelo que deixou de fazer e por as vezes que quis agir e não pôde.
E enquanto a sociedade fica contra a polícia, esquece de cobrar de quem deve. Por que pagamos impostos para ter boas estradas, bons hospitais com médicos, enfermeiros e técnicos, boas escolas para nossos filhos e segurança para todos. Perguntar pela polícia nos poupa de uma pergunta mais importante e incômoda: cadê a ação política e o dinheiro dos meus impostos?
O crime evoluiu e os políticos não! Querem combater crime organizado com ações desorganizadas, inépcia e corrupção. O pacto pela vida foi mais propaganda que ação de fato. Cidades como Venturosa, que não são monitoradas nem possuem sistema integrado de segurança para trabalhar junto com as polícias civil e militar, com estradas vicinais que dão para várias cidades vizinhas, são um alvo fácil para bandidos.
Claro que querem encontrar uma solução rápida. Demagogos de direita querem iludir o povo dizendo que basta armar o cidadão de bem para que isso se resolva. Mentira e falácia de gente que não entende nem de política nem de segurança.
O problema é grave e precisa da atenção urgente de nossos políticos. Do prefeito ao governador, incluindo vereadores e deputados, todos devem buscar soluções e desenvolverem ações integradas. Ou isso ou sua inércia agravará ainda mais o problema.
2018 vem aí para que as excelências saibam que não perguntamos mais onde está a polícia. Queremos saber o que foi feito do nosso dinheiro e porque nos faltam estradas, escolas, remédios, saneamento, emprego e segurança.
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