IMAGEM ILUSTRATIVA |
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque na casa
Não tinha chão
Assim começa a música "A Casa", de Vinicius de Morais. É com tristeza que digo que essas estrofes lembram muitas das cidades de Pernambuco. Escolha um dos municípios pernambucanos, quase todos com policiamento abaixo do suficiente, sem condições de trabalho adequado, índices de violência alarmantes e casos de explosão de caixas eletrônicos. Aconteceu por todo o estado e em Venturosa não foi diferente. Vimos a onda de assaltos a celulares, muitos casos registrados a luz do dia, o Banco do Brasil foi vítima de ataques várias vezes nos últimos anos e por último os Correios. A cidade não possui nenhum banco, a lotérica e correspondente da Caixa já foram assaltadas, as pessoas precisam ir para outras cidades para realizar transações, receber salários e se expõe ao perigo.
É uma situação triste e caótica, como a da Casa de Vinicius.
Sempre que tocamos no assunto a resposta é a mesma: segurança é função do governo estadual. Não só dele. Há medidas que devem ser tomadas por instâncias locais, existem atitudes que podem ser iniciadas pela própria sociedade. A primeira delas é cobrar por aquilo que nos falta.
A quem devemos recorrer para que o Banco volte a funcionar com todos os seus serviços? O Ministério Público? O mesmo será feito com os Correios? Há quantos anos não foi nos prometido câmeras de vigilância nas principais vias de Venturosa? Por que até agora não foram instaladas? Sei que são perguntas incômodas, mas são necessárias.
Há pessoas que se incomodam com as críticas. Dizem que tem gente que só sabe falar. Bem, se a gente não fala sobre um problema ele não se resolve sozinho. Só conversando e nos mobilizando achamos as soluções que tanto buscamos. Hoje a cidade de Venturosa não tem serviços bancários necessários para suas atividades, não possui serviços dos Correios, a população anda assustada, carros e motos estão sendo levados com uma periodicidade assustadora e o sentimento que temos é de que as coisas não caminham.
Esperamos pacientemente que atitudes sejam tomadas. E enquanto não são, não nos calaremos. É como o exemplo dado por Jesus de alguém que incomoda o vizinho atrás de alimento emprestado para uma visita inesperada. Se o vizinho não levantar por caridade para atendê-lo o fará pelo incomodo.
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