quinta-feira, 20 de julho de 2017

NÃO SE ANTECIPA MAIS DE TRÊS ANOS PARA UMA ELEIÇÃO. OS PALANQUES EM VENTUROSA NUNCA SÃO DESARMADOS

Costumo dizer que Venturosa é uma das cidades mais políticas do interior de Pernambuco. Se o clima de polarização exacerbada tem feito mal ao país, imagine numa cidade com menos de 20 mil habitantes! A última eleição foi realizada no ano passado, mas os palanques não foram desarmados.

Situação e oposição trocam farpas e acusações constantemente. Existem críticas construtivas e infundadas de ambos os lados e nessa guerra de extremos os que não concordam com essa prática são observados com desconfiança.

Qual o sentido de se politizar um arraial? Ou de se desfilar com carros que serão entregues à população a partir da propriedade de um opositor político? Coisas que beiram o absurdo, mas estão presentes no cotidiano do Venturosense.

Aponte um serviço mal prestado e pronto! Você será visto como opositor. Elogie um acerto da administração e pimba! Você é tido como babão do prefeito. Um clima que não faz bem para a cidade nem para seus munícipes. Não bastasse essa paixão partidária de parte dos populares, lideranças políticas começam a colocar o carro na frente dos bois e querem antecipar o processo eleitoral em três anos.

Já fazem política de forma implícita, querem divulgar nomes e construir candidaturas. Fritam o processo numa ansiedade quase infantil. Política é jogo de xadrez, cada uma das peças tem valor vital e deve ser valorizada. Jogador que se antecipa muito revela sua intenção e tem seus movimentos neutralizados logo de cara. O jogador experiente pode até entregar algumas peças, mas com o tempo domina o jogo e derrota o adversário. Quem souber entender que entenda, quem não, que fique com raiva. Com quase uma década acompanhando a política de Venturosa já estou mais do que acostumado com as críticas justas e injustas.

Há excessos entre grupos governistas e oposicionistas. Alguns não se acostumaram a conviver com críticas e se pudessem promoveriam uma inquisição em órgãos e nos diversos setores da vida pública.

Não se antecipa uma campanha política em tanto tempo, não se queima tantas etapas e não se promove uma caça às bruxas dessa forma. Corre-se o risco de cansar o  povo e quando for a hora de falar sobre coisas importantes não ter mais ninguém interessado em ouvir.


Que o governo seja governo, com as obrigações que lhe competem, e a oposição seja oposição, de forma combativa e responsável. Ou isso ou esse quadro horrível que estão pintando para quem está ficando cada vez mais cansando de ver os mesmos temas e as mesmas cores.

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