imagem da rede social mostra o jovem e sua mãe |
Que tipo de sociedade cria um clima de intolerância tão
extrema quanto esse, que leva uma mãe a tirar a vida do próprio filho? A
homofobia está presente no cotidiano do brasileiro, embora muitos queiram
ignorar o problema ou transferir a culpa para a vítima.
Muitas vezes ouvi de pessoas amigas que preferiam ter um
filho morto a um filho gay. É um lugar comum em muitas conversas. Não somos
educados para conviver com a diversidade, desde a infância alimentaram a visão
pejorativa e preconceituosa sobre os homossexuais e isso repercute hoje em
inúmeros casos de violência. Há pouco tempo Dandara foi morta enquanto pessoas
filmavam sua execução com celulares.
Entender que cada um tem o direito de viver como quer não
irá destruir o modelo tradicional de família. Irá mostrar que atingimos
maturidade enquanto sociedade. Vivemos em um país de maioria cristã, mas não
somos muito fraternais com aqueles que não se enquadram no modelo. Parece que
nosso amor ao próximo ainda é muito seletivo.
A frase “tenho amigos gays” é muito usada como escudo para
se esconder o próprio preconceito e intolerância. “Tenho amigos gays, mas não
quero ser visto com eles”, “Tenho amigos gays, mas acho eles nojentos”, tanta
coisa que se esconde por trás da máscara do brasileiro cordial.
Aceitar a sexualidade alheia não vai mudar a sua.
Em cinco desses países – Mauritânia, Afeganistão, Paquistão,
Qatar e Emirados Árabes Unidos – não há registro de aplicação específica
recente e em dois deles (no Iraque e nos territórios controlados pelo Estado
Islâmico nesse país e na Síria), os responsáveis por matar sistematicamente e
com brutalidade os gays são milícias e grupos não estatais.
No Brasil a pena de morte é aplicada por pessoas movidas por
ódio e intolerância. Uma triste ferida que demorará muito para cicatrizar. Em
pleno século XXI crimes de violência são comuns não só contra homossexuais, as
mulheres no Brasil também sofrem assédio, violência doméstica e vários tipos de
abuso.
Ou passamos a encarar esses problemas com seriedade ou o
caso do jovem Itaberli Lozano será apenas mais um, e com o tempo, assim como
tantos casos de estupro e violência doméstica, vai virar estatística.
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