Numa rápida passagem pelas redes sociais vi que em
vários municípios os novos prefeitos encontraram prefeituras saqueadas e sem
condições de funcionamento. Numa foto emblemática um prefeito despachava de pé
porque não havia uma cadeira sequer no prédio da prefeitura.
Grandes jornais estampavam matérias que mostravam que
em algumas cidades computadores foram formatados e todos os dados de
secretarias de saúde e educação foram apagados. Os grupos políticos derrotados
praticaram, Brasil afora, a tática de terra devastada, mas quem sofre com isso
não é o prefeito eleito, é o povo!
As cidades que não reportaram essa realidade ou
tiveram a sorte de ter um prefeito democrata ou testemunharam a manutenção do
poder pelo mesmo grupo.
É o sinal de que a Nova Política é presente nos
discursos de palanque e ausente dos atos de governo. O sucateamento do
município é a prova incontestável de que aquele que se retira nunca pensou em
estar a serviço da população, mas em se servir dela. O poder pelo poder e nada
mais.
Cabe a nós forçar na mudança de pensamento, o que não
ocorrerá se formos seletivos em nossa indignação ou omissos na cobrança de
nossos direitos. O ano que se inicia será difícil para os prefeitos eleitos
então os perdulários devem ser censurados.
O cumprimento das promessas de mais saúde e educação
devem pautar os novos governos e no caso dos municípios nordestinos há ainda
outra prioridade: o abastecimento de água. Em Pernambuco o Pacto pela vida
faleceu há tempos e a causa da morte ainda não foi divulgada pelos legistas. A
violência explode nas cidades, o desemprego aumenta e muitos prefeitos faliram
seus municípios.
A velha política ainda está entre nós. Ainda existem parasitas,
bajuladores e aqueles que confundem o público com o privado. Os tempos clamam
por mudanças e elas devem ser protagonizadas pela sociedade que não aceita mais
pagar a conta de erros dos seus governantes.
Nas cidades onde os governos terminaram bem avaliados
a população espera pela continuidade de boas políticas e correção de erros
ainda existentes. O povo quer qualidade e eficiência, transparência com os
gastos públicos e condições que proporcionem melhoria de vida. Se vestir de
gari como o prefeito de São Paulo ou doar sangue como o do Rio de Janeiro podem
gerar imagens fortes, mas não significam comprometimento com o povo que os
elegeu nem expõe as qualidades que devem acompanhar um bom gestor. Fotos assim
são como aquelas velhas fotos de campanha onde candidatos colocavam crianças no
braço ou abraçavam os pobres. Sinais da velha política que ainda está viva
entre nós.
Emerson Luiz
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