terça-feira, 25 de julho de 2017

A POLÍCIA PRECISA DE SOCORRO. E NÓS TAMBÉM

Imagem de sepultamento de um policial - fonte internet

O sargento Hudson Silva Araújo, de 46 anos, que foi mortona comunidade do Vidigal, Zona Sul do Rio, neste fim de semana, o primeiro Policial Militar morto após a implantação da UPP em 2012 e o 91º morto no estado do Rio de Janeiro. Todos sabemos que o governo do PMDB quebrou o Rio de Janeiro. 
O sucateamento da PM do Rio mostra que embora a segurança pública faça parte do discurso eleitoral, junto com saúde, educação e emprego, ela não é prioridade. Lá faltam coletes, munições e as viaturas estão virando sucata. Policiais temem pela própria vida e fica a pergunta: sem a polícia, quem defende a população?

Em Pernambuco a polícia também foi desassistida. O Pacto pela Vida entrou em parafuso já no final do mandato do falecido governador Eduardo Campos. Hoje os municípios pernambucanos possuem efetivo abaixo do que precisam. Um amigo me falou que em um dos nossos municípios a viatura precisou da ajuda de políticos para rodar. Não tinha dinheiro em caixa para um concerto emergencial. Aqui houve greve de policiais.

Explosões de caixas de banco e agora agências dos Correios. Roubos de carros, assassinatos, tudo isso ocorre em todo o Nordeste, evidenciando que a segurança pública entrou em crise. Há outros dados negativos, porque nem todos honram a farda.

Vimos policiais atirando contra manifestantes em Brasília. No Rio de Janeiro também houve o desmantelamento de uma quadrilha de policiais que ajudava bandidos, vendia munição e algumas vezes assumia o comando de bocas de drogas. Em Pernambuco, um dos casos mais graves de excesso por parte da PM terminou com a morte de um jovem, que pedia mais segurança e foi vítima do disparo de um policial.

As corporações andam entre a cruz e a espada, despertando admiração e repulsa quase que na mesma proporção. Os bons policiais merecem respeito da população, os maus, serem investigados e punidos, coisa que devia acontecer com qualquer funcionário público. Mas o que ocorre? Hoje os políticos negociam nosso futuro a toque de caixa, sem qualquer escrúpulo ou moral. Lutam para salvar a própria pele e manter seus privilégios. Todos os cortes de gastos desse governo resultam em mais impostos e menos serviços, sobe o desemprego, aumenta a violência e parece que a Nação é empurrada para mais perto do precipício.

A população cansada do descaso e da violência é levada a crer que se armar é a solução. Estudos comprovam que onde há mais pessoas armadas sobem números de assassinato e violência. Precisamos de novas políticas públicas e mais investimentos em segurança, no bom preparo e na remuneração adequada para os policiais, não de bandos armados de cidadãos de bem, ansiosos para impor sua noção de justiça aos demais.

Não é só a polícia que pede socorro, nós também. Ainda mais nesses tempos de ódio, onde querem jogar setores de defesa dos direitos humanos contra a polícia e parte da sociedade. Ou resolvemos nossas mazelas e aparamos arestas ou seremos manipulados pelo que há de pior em nossa política e abriremos espaço para que desequilibrados cheguem ao mais alto posto da nação.

Precisamos escolher o futuro. Urgentemente.

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